Política e religião: interpretação de pastores e fiéis sobre a representação parlamentar e as pautas evangélicas

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Caldeirão, José Eduardo [UNESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Religião e política; Bancada evangélica; Evangélicos e política; Pentecostais/neopentecostais e política; Frente parlamentar evangélica; Religion and politics; Evangelical bench; Evangelicals and politics; Pentecostals/neo-pentecostals and politics; Evangelical parliamentary front
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238627

O crescimento da Bancada Evangélica é visível, nas últimas três eleições 2010, 2014 e 2018 os representantes evangélicos na Câmara Federal aumentou, respectivamente de 70, 75 e 85 deputados federais eleitos. Dessa forma, a Bancada Evangélica ganha visibilidade e importância política no sentido de atuarem politicamente e imporem suas pautas próprias. Assim, essa tese aborda o assunto Religião e Política na perspectiva da representação política dos entrevistados de duas denominações evangélicas, uma Pentecostal e outra Neopentecostal, a saber: Assembleia de Deus – Ministério do Belém e Igreja Internacional da Graça de Deus. A primeira foi escolhida por ser a principal denominação Pentecostal do país e por possuir maior número de representes eleitos. A segunda denominação foi escolhida por ser uma das principais denominações do ramo Neopentecostal no país. Para o desenvolvimento dessa tese, foi utilizada a metodologia qualitativa. Foram entrevistados 10 pastores das duas denominações e 10 membros das duas denominações. O tema principal é a representação política e como os entrevistados sentem essa representação. Mas também, o leitor entrará em contato com outros temas que são importantes, por exemplo: como são construídas as candidaturas oficiais a deputado federal das Igrejas, as pautas defendidas pela Frente Parlamentar Evangélica na Câmara Federal a saber: conta a união estável de pessoas do mesmo sexo, conta a questão do aborto em qualquer situação, a favor do ensino do criacionismo nas escolas das redes públicas e privadas e a defesa da família tradicional. Essas pautas se baseiam na visão de mundo religiosa, de princípios morais e dos costumes que vão ao encontro das novas demandas da sociedade, em condições pós-tradicional e o princípio da secularização da sociedade. Assim, os temas secundários, não menos importantes, auxiliam no propósito da defesa dessa tese em observar o sentimento de representação dos atores entrevistados com relação aos seus representantes eleitos e como oferecem sentido para as pautas da Frente Parlamentar Evangélica. Pode-se adiantar ao leitor que: pastores e membros sentem-se representados pelos seus respectivos deputados federais e que são conservadores com relação às pautas com a exceção dos membros que, na questão do aborto, se mostram mais flexíveis, fato que derruba a hipótese dos membros serem totalmente conservadores.