Religião e política: a frente parlamentar evangélica no legislativo brasileiro e as eleições de 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Menezes Júnior, Eumar Evangelista de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Teologia
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/4558
Resumo: A forte atuação da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Sistema Bicameral brasileiro confirma que religião e política nunca estiveram tão próximas desde o processo de secularização instalado em 1891, que a longo prazo tornou o Brasil um país laico. A Frente Parlamentar Evangélica se define com a missão de influenciar as políticas públicas do governo, defender a sociedade e a família no que diz respeito à moral e aos bons costumes, e para isso os parlamentares da FPE tem sua atuação pautada por apelos muito fortes por demandas de cunho tradicionalista e moralista. O presente estudo analisa a atuação da FPE, faz um retrato transversal (2003-2018) nas legislaturas federais, identifica e discute as ações da FPE e defende a tese de que a legitimação da força política evangélica foi decisiva para a eleição de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil em 2018. Os autores mais relevantes que me serviram de apoio nesta pesquisa, foram Freston, Baptista e Almeida. O candidato de extrema direita Jair Bolsonaro construiu sua campanha eleitoral baseando-se no tripé agronegócio, militares e religiosos, sendo que o último deles foi baseado no apelo aos valores tradicionais cristãos em consonância com um discurso conservador, moralista e liberal na área da economia, Bolsonaro foi membro Frente Parlamentar Evangélica na legislatura anterior à sua eleição. Após eleito, o mesmo definiu que embora laico seu governo seria terrivelmente cristão, explicitando que se basearia em uma política confessional de poder. Muito além da pessoa de Bolsonaro surgiu um movimento chamado de bolsonarismo que é uma mistura de conservadorismo moral, fundamentalismo religioso, agenda neoliberal e autoritarismo militarista