A sátira nas crônicas limabarretianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Jonatan de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235697
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar a sátira nas crônicas de Lima Barreto publicadas nos volumes em Feiras e mafuás, Vida urbana e Marginália, reunidos na coleção Obras de Lima Barreto, organizada por Francisco de Assis Barbosa e publicada pela editora Brasiliense no ano de 1956. No âmbito desta reflexão, sustenta-se a hipótese de que, por meio da sátira, o escritor está além de um simples papel de engajamento social na literatura brasileira, pois é possível reconhecer mobilizações formais em sua prática literária que revelam um Lima Barreto também dedicado à linguagem. Portanto, é nesse sentido que a escolha das crônicas como objeto de estudo se mostra necessária, devido à articulação favorável que há entre a sátira e o cotidiano, tão bem relacionados na sua escrita. Nesse percurso investigativo, o trabalho é movido por questões como: a visão redutora de um Lima Barreto apenas engajado, conforme proposto por parte da crítica, é totalmente coerente? Caso não seja, quais são as evidências que comprovam o contrário? Na busca por respostas, a pesquisa se desenvolve com base na seguinte metodologia: considerando o contexto literário vivido por Lima Barreto, contemporâneo de principais cronistas como João do Rio, Coelho Neto, Olavo Bilac, Juó Bananére, dentro de uma busca em relacionar o escritor com esses outros; as opiniões de Lima Barreto sobre assuntos de sua época (a República, o Rio de Janeiro, o futebol, o feminismo, os preconceitos, o jornalismo, e a vida acadêmica); a realização satírica propriamente dita, analisando a redução, a caricatura e a ironia na produção cronística. É com base em teóricos e críticos como Hodgart, Frye, Propp, Bergson, Candido, Bosi, Prado, Sevcenko e outros que o presente trabalho é realizado, dentro de uma expectativa de conclusões que reconheçam a capacidade de Lima Barreto em lidar com a linguagem literária por meio da sátira