Exercícios resistidos em pacientes com câncer: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rinaldi, Caroline Limeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/242722
Resumo: Introdução: Há evidências que o exercício físico é benéfico em pacientes com câncer, pois fornece independência funcional ao indivíduo. Entretanto pouco se sabe sobre os protocolos de treinamento resistido, intensidade, frequência e quais exercícios podem ser utilizados nesses indivíduos, fazendo-se necessário uma revisão sistemática para reunir estudos que utilizaram esta modalidade de exercício, possibilitando o conhecimento de seus reais efeitos no paciente com câncer. Objetivos: Avaliar a eficácia, viabilidade e segurança do uso de exercícios resistidos no tratamento clínico de pacientes oncológicos, conduzindo uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados. Método: Foram pesquisadas as bases Pubmed/Medline, Embase, Lilacs, Web of Science e Cochrane para busca de ensaios clínicos randomizados que utilizaram o treinamento de resistência ou exercício resistido como parte do tratamento clínico para pacientes oncológicos. Os desfechos avaliados foram: Força muscular, qualidade de vida, composição corporal, fadiga, adesão, efeitos adversos e sobrevida. Utilizou-se para metanálise o software RevMan 5.3 fornecido pela Colaboração Cochrane. Resultados: Foram avaliados 16 estudos, com um total de 1.201 participantes. O exercício resistido melhorou a força muscular de membros superiores (MD 5,76, IC 95% de 3,97 a 7,55; I²= 0%) e membros inferiores (MD 9,14, IC 95% de 3,76 a 14,52; I²=25%). Não houve diferenças entre as intervenções para qualidade de vida (SMD 0,09, IC 95% -0,04 a 0,21; I² = 0%), gordura corporal (MD -0,91, IC 95% de -2,35 a 0,53; I²=0%), massa gorda (MD -0,51, IC 95% de -2,87 a 1,84; I²=0%), massa magra (MD 0,55, IC 95% de -0,69 a 1,80; I²=0%), peso corporal (MD 0,15, IC 95% de -2,56 a 2,86; I²=0%) e fadiga (SMD -0,09, IC 95% de -0,27 a 0,10; I²=0%). Todos os estudos apresentaram uma boa aderência acima de 70%, e apenas dois estudos relataram efeitos adversos durante a intervenção. O estudo de sobrevida sugeriu uma melhor taxa de sobrevivência entre aqueles que fizeram exercício resistido. Conclusão: O exercício resistido promove melhora na força muscular de pacientes com câncer. No entanto, não houve diferença na qualidade de vida e composição corporal quando comparado às outras intervenções. Consideramos seguro e viável para estes pacientes, podendo ser recomendado como parte do tratamento oncológico. Palavras-chave: Tumor maligno, Neoplasia, Exercício Resistido, Treinamento de resistência, Revisão Sistemática.