Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Diniz, Tatiane Santa Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181753
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Resumo: |
A colonoscopia é um procedimento invasivo que permite a visualização da mucosa do cólon e íleo terminal, dando a possibilidade de diagnóstico e tratamento eficaz para inúmeras doenças. Sua qualidade é influenciada pela eficácia do preparo do cólon, realizado com medicamentos e dieta específica, facilitando a total visualização da mucosa e reduzindo a repetição de exames. Apesar dos avanços nos métodos de preparação do intestino, a qualidade do preparo intestinal em alguns pacientes submetidos à colonoscopia é insatisfatória. A educação sobre o preparo para a realização da colonoscopia é importante para a adesão do paciente aos medicamentos e à restrição da dieta e consequentemente a qualidade do procedimento. A habilidade de orientar o paciente para o preparo do cólon é um fator fundamental não só para a eficácia do procedimento, mas também para minimizar as complicações que podem ocorrer durante a realização desse preparo. Objetivos: Construir e validar um folheto educativo com orientações para o preparo da colonoscopia e analisar a efetividade da orientação via telefone, realizada pelo enfermeiro, após as recomendações de rotina (orientações verbais e folheto explicativo) para o preparo do cólon em pacientes que necessitam de colonoscopia. Métodos: O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira consiste em uma pesquisa metodológica, de caráter descritivo, para o desenvolvimento de um folheto educativo a fim de orientar os pacientes que necessitam realizar o preparo para a colonoscopia. O segundo é ensaio clínico randomizado, controlado, paralelo, com dois braços, com cegamento dos colonoscopistas, realizado no serviço de endoscopia de um hospital terciário de ensino público do interior do estado de São Paulo. Os critérios de inclusão foram pacientes que necessitavam do exame de colonoscopia, maiores de 18 anos e que apresentavam um contato telefônico no prontuário eletrônico. Para o grupo intervenção, acrescentou-se a realização da orientação do preparo via telefone. Os desfechos relacionados à avaliação do preparo do cólon foram a Escala de Boston, identificação de adenomas, intubação cecal e remarcação do exame relacionado ao preparo inadequado. Resultados: Desenvolveu-se folheto educativo com informações da terapia dietética e medicamentosa e da rotina do serviço. Esse material foi validado por peritos com média global de IVC igual a 0,93. No ensaio clínico, a coleta de dados foi realizada entre fevereiro a setembro de 2018, com 109 participantes divididos em grupo intervenção (GI) (n= 55) e grupo controle (GC) (n= 54). Houve redução estatisticamente significante no GI quando comparado ao GC em todos os segmentos do cólon avaliados pelo escore de Boston, inclusive no escore total (p<0,001). A intubação cecal ocorreu em todos os exames do GI (p=0,027), obteve-se baixo índice de remarcação de exames por preparo inadequado no GI (p=0,005) e a identificação de adenomas não apresentou diferença significante entre os grupos (p=0,337). Conclusões: Elaborou-se um folheto educativo para a realização do preparo intestinal precedente à colonoscopia. A intervenção educativa realizada pelo enfermeiro via telefone se apresenta como uma estratégia eficaz para reorientar os pacientes sobre o preparo do intestino para a realização da colonoscopia. |