Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Paulo Zupelari [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191478
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Resumo: |
Atualmente, com os avanços da Farmacogenética, estudos estão demonstrando que a resposta individual de medicamentos pode ser diretamente afetada pela alteração da farmacocinética induzida pela genética de cada paciente, e isto pode induzir à ausência, redução, alteração ou aumento da atividade enzimática associada. Esse fato pode modificar a eficácia clínica de determinados medicamentos e, nos casos de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), alterar sua capacidade de lidar com a dor e até aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos adversos. Este estudo teve como objetivo genotipar e fenotipar o gene CYP2C9 em 89 pacientes saudáveis submetidos à cirurgia de terceiro molar inferior, sob medicação de 20 mg de tenoxicam por dia durante 4 dias, comparando a influência do gene na dor pós-operatória, edema, trismo, quantidade de medicamentos de socorro consumidos pelos pacientes, avaliação global e satisfação do paciente em relação à ingestão do medicamento. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, desenvolvido no Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Faculdade de Odontologia de Araçatuba (FOA/UNESP) e na Disciplina de Farmacologia do Departamento Ciências Biológicas da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP). Foi realizado o sequenciamento genético dos participantes do estudo, a fim de verificar polimorfismos do gene CYP2C9, e estes dados foram cruzados com as características pós-operatórias acima mencionadas. Oitenta e nove participantes foram selecionados: 64 (74%) foram incluídos no grupo “Metabolizadores Normais” (CYP2C9 * 1 / * 1) e 25 participantes no grupo “Metabolizadores Intermediários/Lentos” (CYP2C9 * 1 / * 2, * 1 / * 3 e CYP2C9 * 2 / * 3, * 3 / * 3). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em todos os parâmetros avaliados. Em relação à dor, apesar dos dois grupos referirem baixos níveis de dor durante o pós-operatório, o grupo “Metabolizadores Normais” apresentou mais dor (p<0,05) nos períodos de 4, 5, 6, 7, 8, 10, 48 e 72 horas de pós-operatório, quando comparado ao ponto de tempo "zero", diferente do grupo “Metabolizadores Intermediários/Lentos” que relatou dor significativa apenas em 6 horas de pós-operatório, quando comparados com o tempo “zero”. Na prática clínica, isso significa que indivíduos com atividade anormal do CYP2C9 (metabolizadores intermediários e lentos) apresentam uma exposição aumentada ao tenoxicam e provavelmente mostram níveis mais baixos de dor, mas também mostram provavelmente um risco maior de efeitos colaterais, que incluem sangramento gastrointestinal, distúrbios hemorrágicos e cardiovasculares, sendo provavelmente necessário que a dose habitual do medicamento seja revisada. |