Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Alves, Paula Daniela Souza |
Orientador(a): |
Paumgartten, Francisco José Roma |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20593
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Resumo: |
É conhecido que processos inflamatórios podem modular a expressão e atividade de enzimas CYPs. Não é claro, entretanto, o modo pelo qual estímulos inflamatórios regulam a expressão dessas enzimas. Neste trabalho investigamos a hipótese de que as células de Kupffer do fígado exerceriam um papel na modulação dos CYPs hepáticos em resposta à inflamação exacerbada ou sepse. O cloreto de gadolínio, é um inibidor seletivo das células de Kupffer, conhecido por atenuar o quadro de inflamação exacerbada, quando administrado previamente ao estímulo inflamatório, em diferentes modelos animais. Alguns autores sugeriram que as células de Kupffer atuariam como intermediários na modulação da atividade de CYPs hepáticos desencadeada por estímulos inflamatórios. Há estudos que sugerem que a diminuição da população das células de Kupfferatenua ou elimina a regulação das CYPs hepáticas por estímulos inflamatórios.Além disso, estudos em culturas de hepatócitos in vitro, na ausência de células de Kupffer, tem constatado a regulação negativa da expressão de CYPs hepáticas após estimulação com LPS. Nessa linha, o objetivo deste presente trabalho é investigar o papel das células de Kupffer na regulação da atividade de enzimas hepáticas de biotransformação de xenobióticos (CYPs) após estimulação inflamatória com LPS. Para isso, os níveis séricos de transaminases, e a histopatologia foram empregados para avaliar o efeito do tratamento com diferentes doses de GdCl3sobre o tecido hepático.No experimento principal para investigar o papel das células de Kupffer, os ratos foram alocados ao acaso em quatro grupos. Foram quantificadosmarcadores bioquímicos no soro dos animais para evidenciar danos ao tecido hepático causados pelos tratamentos e realizado o exame histopatológico. Em seguida a atividade da CYP1A também foi analisada.Nos animais que receberam GdCl3 + LPS não houve aumento de transaminases eo exame histopatológico não revelou dano ao tecido hepático. Entre os animais que receberam GdCl3 + LPS notou-se acentuado depósito de ferro, diferentemente do observado naqueles tratados apenas com LPS.Como conclusão os resultados indicaram que a imuno-estimulação com LPS causou danos ao tecido hepático (hepatócitos), efeito este inibido pelotratamentoprévio com GdCl3. Como o dano ao hepatócito causado por doses elevadas de LPS é em grande parte mediado pela ativação dos macrófagos residentes, este resultado constitui evidência indireta de que nesse grupo de ratos a população das células de Kupffer foi depletada e/ou teve sua atividade diminuída. O tratamento prévio com GdCl3 não alterou a regulação negativa da CYP1A hepática causada pela administração de LPS aos ratos Wistar fêmeas. |