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Transversalizar as políticas públicas: os desafios de acesso aos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) para as mulheres venezuelanas vivendo em ocupações urbanas em Boa Vista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cunha, Clara de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244568
Resumo: A Lei de Migração reconheceu a migração como um direito humano no Brasil. Esta pesquisa visa contribuir para a transversalidade da Lei de Migração (Lei 13.445/2017) através de seu objetivo principal de analisar os desafios das mulheres venezuelanas para acessar os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). A partir de uma análise teórico-metodológica interseccional do acesso de mulheres venezuelanas aos CRAS, buscou-se verificar a efetividade da Lei de Migração nos serviços de assistência social na capital do estado de Roraima, Boa Vista. A fundamentação teórico-metodológica interseccional baseia-se nos estudos de Collins e Bilge (2021), translocalizados para o contexto das migrações do Sul global. Autoras como Anthias (2006) e Spivak (2010) são aporte teórico da área de migrações e gênero desta pesquisa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou entrevistas semiestruturadas com seis mulheres moradoras ou ex-moradoras de ocupações urbanas, para conhecer suas trajetórias individuais e identificar suas dificuldades de acesso ao CRAS. Com base no material coletado foi realizada uma análise de conteúdo para examinar os desafios enfrentados por esse grupo para acessar os serviços do CRAS. A partir das análises são apresentadas sugestões como a maior difusão dos serviços oferecidos pelo CRAS, a ampliação e o fortalecimento dos serviços, a contratação de tradutores culturais, a capacitação linguística, sobre interseccionalidades e migrações para as equipes, o fortalecimento da intersetorialidade dos serviços, com o objetivo de fortalecer o acesso das mulheres imigrantes ao serviço do CRAS. Outrossim, visando contribuir para a difusão da Lei de Migração e para a consideração das interseccionalidades na política de assistência social, foi elaborada uma cartilha como produto final, para capacitação sobre a transversalidade migratória na política social.