Avaliação clínica e laboratorial de equinos submetidos à enterotomia de cólon descendente com aplicação ou não de biomaterial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brito, Helena Cristina Delgado [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181985
Resumo: As aderências intra-abdominais são complicações presentes após cirurgias do trato gastrointestinal dos equinos, sendo originadas por processos inflamatórios na cavidade abdominal. As aderências resultam do desequilíbrio entre os inibidores e ativadores da fibrinólise, que são mediados por diversas citocinas. Pelo presente buscou-se avaliar as alterações clínicas e laboratoriais, além de observar a formação ou não de aderências intestinais em equinos submetidos à infusão de alteplase e implantação de biomaterial composto por carboximetilcelulose (CMC) e poli (álcool vinílico) (PVA) ou por CMC e PVA impregnado com alteplase, após enterotomia do cólon descendente. Foram utilizados 16 equinos adultos, hígidos, fêmeas, sem raça definida, entre quatro e 15 anos de idade distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: grupo controle (GC); grupo tratado 1 (GT1) submetido à infusão de alteplase na cavidade peritoneal; GT2, submetido à implantação de biomaterial na serosa e GT3 submetido a implantação de biomaterial contendo alteplase na serosa. Todos os animais foram submetidos à laparotomia em posição quadrupedal, com acesso pelo flanco esquerdo, para realização da enterotomia na borda antimesentérica do cólon descendente. Os parâmetros clínicos foram avaliados diariamente, durante 12 dias. No décimo quarto dia pós-enterotomia, foi realizada videolaparoscopia para a constatação da presença ou não de aderências. Colheitas de sangue venoso jugular e líquido peritoneal foram realizadas no período pré-operatório (M0) e um (M1), três (M3), cinco (M5), sete (M7), nove (M9) e onze (M11) dias após a enterotomia, para análise laboratorial. Os dados obtidos foram avaliados por meio de análise de variância de duas vias, seguido de teste de Tukey para comparação das médias. Dentre as variáveis clínicas, verificou-se a diminuição da temperatura retal no GT3 nos momentos M5 e M12. A motilidade diminuiu em todos os grupos nos três primeiros dias pós-cirúrgicos (M1, M2 e M3). Os valores de hematócrito (Ht) apresentaram diminuição no M1 quando comparados ao M0, sendo o grupo GT3 apresentou o menor valor de Ht quando comparado aos GC e GT1. A porcentagem de células T CD4+ diminuiu no GT1 no M1, comparado ao GT2, e no M9, GC apresentou menor valor quando comparado ao GT1. Os animais apresentaram neutrofilia, linfopenia e eosinopenia em M1, seguidos de leucopenia em M3 e M5.Na análise de líquido peritoneal (LP) notou-se a redução dos valores de pH e glicose no M1, e aumento do lactato e proteína total (PT) no M1. As contagens de células nucleadas e neutrófilos do LP aumentaram em todos os momentos quando comparados ao M0. Observou-se a presença de aderências em 50% dos animais dos grupos GC, GT1, GT2 e 100% do grupo GT3. A infusão de alteplase, biomaterial de CMC+ PVA e biomaterial de CMC + PVA + alteplase não apresentaram resultados satisfatórios na prevenção de aderências intestinais em equinos