Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Luisa Gouvêa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153902
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Resumo: |
As aderências intra-abdominais acometem até 20% dos equinos submetidos à cirurgia do trato gastrointestinal. Os leporinos também são amplamente acometidos, sendo utilizados como modelo para estudo de aderência abdominal e uso de biomateriais. O objetivo desta pesquisa foi validar três métodos de profilaxia da formação de aderências intestinais, a partir da observação do comportamento das variáveis hematológicas e anatomopatológicas, utilizando o modelo leporino, para futura aplicação em equinos. Foram desenvolvidos e aplicados dois modelos de filmes poliméricos, sendo o primeiro composto por carboximetilcelulose sódica (NaCMC) e poli(álcool vinílico) (PVA), e o segundo com estreptoquinase (STP) adicionada à formulação. O terceiro método constou na administração intraperitoneal de STP. Análise da morfologia dos filmes foi realizada por meio de microscopia eletrônica de varredura, além da avaliação do grau de intumescimento destes. Foram utilizadas 24 coelhas da raça Nova Zelândia Branco, distribuídas em quatro grupos de seis animais (G1, G2, G3 e G4), submetidas à enterotomia e enterorrafia do cólon descendente. No G1 a enterorrafia foi recoberta com o filme de NaCMC + PVA, no G2 a enterorrafia foi recoberta com o filme de NaCMC + PVA + STP, no G3 foi infundida STP na cavidade abdominal após a enterorrafia e no G4 a ausência destes tratamentos. Todos os animais foram submetidos à avaliação hematológica antes da celiotomia (T0), aos três (T1) e sete dias (T2) pós-operatórios, quando foi realizada avaliação macroscópica da cavidade abdominal e histopatológica do cólon descendente. Os dados hematológicos foram submetidos à análise de variância e ao Teste de Tukey, e os escores dos parâmetros histológicos ao Teste de Kruskal-Wallis (p<0,05). Observou-se que o filme de NaCMC + PVA apresentou maior grau de intumescimento e menor porosidade, o oposto do resultado obtido para o filme de NaCMC + PVA + STP. À avaliação hematológica observou-se redução na contagem de hemácias, concentração de hemoglobina e volume globular nos quatro grupos, aumento da contagem de basófilos e monócitos no G2 e aumento de eosinófilos, monócitos e do tempo de tromboplastina parcial ativada no G4. O tempo de protrombina reduziu no G2, G3 e G4. O G1 apresentou o menor percentual de aderência abdominal, seguido do G2 e G3, enquanto o G4 apresentou mais animais com esta alteração à avaliação da cavidade abdominal. Não houve diferença significativa para as variáveis histopatológicas, entre os quatro grupos. Considerou-se este estudo pioneiro na confecção de tais filmes poliméricos e utilização destes in vivo para evitar aderências intestinais. A partir dos resultados deste estudo, pode-se concluir que os três métodos de profilaxia diminuíram a incidência de aderência abdominal. No entanto, o filme composto apenas de NaCMC + PVA apresentou a melhor eficácia como antiaderente, tornando-o promissor para a utilização em cirurgia veterinária, incluindo a gastroenterologia equina. |