Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Santos, Tiago Marques dos
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Almeida, Fernando Queiroz de
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11846
|
Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo avaliar as alterações sistêmicas, da mucosa e conteúdo do trato gastrointestinal de eqüinos submetidos à sobrecarga dietética com amido. Foram utilizados oito eqüinos adultos castrados, com peso vivo médio de 364 kg, adaptados a dieta composta por feno de Coastcross e concentrado, na proporção de 60:40. Foi utilizado um delineamento experimental com três tratamentos: Tratamento I (Controle) (n=2), eutanásia dos animais sem sobrecarga com amido; Tratamentos II (n=3) e III (n=3), animais submetidos à sobrecarga com amido, com infusão gástrica de 17,6 g amido/kg de peso corporal e eutanásia após 24 e 36 horas, respectivamente. Os eqüinos foram submetidos a avaliações clínicas, hematológicas e físico-químicas das fezes antes da sobrecarga e 2, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32 e 36 horas pós-sobrecarga. Os animais apresentaram-se apáticos quatro horas após a sobrecarga permanecendo assim até o final da avaliação e apenas um animal apresentou claudicação, 36 horas pós-sobrecarga. Não houve diferença (P>0,05) na freqüência cardíaca, freqüência respiratória, temperatura corporal e temperatura dos cascos. Houve aumento (P<0,05) no volume globular e proteína plasmática total, 24 horas pós-sobrecarga, variando de 26,7 a 32,0% e de 7,1 e 8,1 g/dL, respectivamente. Houve diferença (P<0,05) na concentração plasmática de lactato no tempo zero, 20 e 28 horas pós-sobrecarga, com valores de 0,7, 1,04 e 1,22 mmol/L, respectivamente. A concentração plasmática de endotoxinas não ultrapassou 0,1000 EU/mL, podendo estar até mesmo ausente. O conteúdo do intestino grosso nos eqüinos submetidos à sobrecarga apresentou cor verde esbranquiçada, aspecto leitoso, com bolhas de gás e odor ácido. Não houve diferença (P>0,05) no teor de água das fezes e do conteúdo da digesta, no entanto, o pH fecal reduziu ao longo de 36 horas pós-sobrecarga (P<0,01), variando de 6,09 a 4,46. Houve redução na capacidade de tamponamento das fezes nos eqüinos submetidos à sobrecarga e, de forma similar, ocorreu no conteúdo do ceco-cólon. O cólon dorsal direito, cólon transverso e cólon descendente foram os segmentos, com exceção do estômago, que apresentaram a digesta com menores valores de pH, variando de 4,49 a 4,56. À histopatologia, a infiltração de eosinófilos esteve presente na mucosa e submucosa de todos os eqüinos, no entanto, somente em dois eqüinos submetidos à sobrecarga, observou-se leucocitoestase de neutrófilos e eosinófilos, com predominância de neutrófilos no intestino grosso. As alterações circulatórias observadas no trato gastrointestinal foram congestão, edema e dilatação de vasos linfáticos, sendo mais evidentes na submucosa, local de maior infiltração de células inflamatórias nos eqüinos submetidos à sobrecarga. A mucosa dos segmentos do trato gastrointestinal dos eqüinos eutanasiados 36 horas póssobrecarga apresentou maior grau de imunorreatividade anti-mieloperoxidase, seguido dos eqüinos avaliados 24 horas pós-sobrecarga e dos eqüinos do tratamento controle, variando de 2,7 a 4,0, 1,0 a 3,7 e 1,0 a 2,5, respectivamente. A sobrecarga dietética com amido em eqüinos promove fermentação intensa no ceco-cólon, predispondo ao aparecimento de distúrbios clínicos, alterações do conteúdo da digesta e lesões de leve a moderada na mucosa e submucosa do trato gastrointestinal dos eqüinos, após 36 horas da sobrecarga. |