Baseado em uma história real: o jornalismo como referência em Horror em Amityville

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rech, Gisele Krodel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181331
Resumo: Apesar de recorrente como referência de filmes dos mais variados gêneros, os textos jornalísticos nem sempre ganham a devida atenção no âmbito da pesquisa cinematográfica. Nesta tese, busca-se lançar um olhar ao tema, direcionando o trabalho para as narrativas jornalísticas usadas como referencial para cineastas, que transformam em narrativa audiovisual a representação da realidade de uma história que ganhou as páginas dos jornais ou de um livro-reportagem. O foco da pesquisa é no cinema de horror, que costuma não apenas valer-se deste material, como também se utilizar do vínculo com a não ficção como estratégia para atrair o espectador com a promessa da reprodução de um “caso verídico”. Parte- se, pois, da hipótese de que a frase “baseado em uma história real” no início da película funciona como estímulo da curiosidade do espectador. Para o presente estudo, optou-se pelo clássico Horror em Amityville (The Amityville Horror, 1979), adaptado do livro-reportagem homônimo de Jay Anson, de 1977, que ganhou uma nova edição no Brasil neste ano, pela Darkside. O remake de 2005, cujo título é o mesmo, também faz parte da pesquisa. Como corpus de análise, também serão utilizadas reportagens do jornal Newsday, de Long Island, do período em que a história da casa supostamente mal-assombrada foi destaque e do crime que teria dado início à história de assombração. O objetivo desta pesquisa é analisar como se dá o entrelaçamento de narrativas jornalísticas, jornalístico- literária e cinematográfica, buscando neste labor apontar como foi o processo de tradução de um meio a outro pela transformação da própria mutação do verbal ao imagético e, ainda, como a representação do “real” permanece no filme, especialmente em referências diretas ao jornalismo. Por fim, e não menos importante, pretende-se avaliar como as estratégias narrativas que mesclam a representação do factual e da ficção cinematográfica são utilizadas com a intenção de provocar medo no espectador. O problema de pesquisa dirige-se à relação entre o discurso factual e o ficcional no trânsito entre jornal, livro-reportagem e filme, incidindo sobre a aferição de como a presença do jornalismo pode operar como estratégia de legitimação e credibilidade dos acontecimentos a serviço da narrativa de horror. Em síntese, o eixo interpretativo busca entender como o factual (presente no discurso jornalístico) é utilizado para potencializar e dinamizar o apelo do suspense, da curiosidade e do fascínio no âmbito da ficção.