Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barros, Juliana Fernanda de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/213920
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Resumo: |
O objetivo do presente trabalho foi investigar e compreender as implicações psicossociais da experiência migratória dos jovens brasileiros no Japão para a constituição do pertencimento e identidade na subjetividade dessa população. Para isso, partimos do pressuposto de que a migração traz implicações psíquicas que terão desdobramentos na constituição subjetiva dos sujeitos que a vivenciam, especialmente nos jovens que estão atravessando um período importante na ressignificação de sua subjetividade, uma vez que o sujeito se constitui ancorado no pertencimento e nas operações identificatórias que o rodeiam e que são determinantes para a sua constituição identitária. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio do estudo de casos e com a realização de entrevistas semi-dirigidas com quatro jovens brasileiros que residem no Japão, que estudam em escolas brasileiras e japonesas, e com seus pais, a fim de compreender as implicações acerca da experiência migratória e suas reverberações no pertencimento e identidade. A análise das entrevistas foi realizada por meio do referencial psicanalítico e estudos migratórios. A partir da análise das produções discursivas das quatro famílias, concluímos que há aspectos da transmissão psíquica transgeracional nas famílias de nikkeis que atravessam a experiência migratória dos jovens dekasseguis que reverberam na constituição do sentimento de pertença e identidade. Com isso, os jovens entrevistados apresentam um duplo e parcial pertencimento não elaborado e identidades fragmentadas, atravessada pelas identificações e características de ambos os países. Como uma possível saída e resolução desse conflito em relação ao pertencimento e identidade, todos os jovens apontam o desejo de conhecer e habitar um terceiro país a fim de processar os ideais herdados e se (re)conhecer fora deste laço, rompendo com esse pacto transgeracional do duplo pertencimento não elaborado entre Brasil e Japão. |