Festa, música e memória na Comunidade Quilombola de São Roque (SC) e os vetores de uma identidade étnica como demarcação de território e pertencimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Christóvão, Sílvia Regina Teixeira
Orientador(a): Spieker, Larissa Patron Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4186
Resumo: A presente pesquisa busca evidenciar e reconstruir a história de luta dos remanescentes do quilombo São Roque/Pedra Branca, pelo reconhecimento do seu território, e a consolidação da sua identidade étnica. O Quilombo São Roque localiza-se no Extremo Sul de Santa Catarina (Praia Grande) e o Norte do Rio Grande do Sul (Mampituba). A música e a festa de São Roque são destacadas como elementos singulares, um fio condutor para narrar à história dessa comunidade. Metodologicamente baseia-se na pesquisa qualitativa, levantamento bibliográfico, material digital artigos, dissertação, teses. Os processos-crimes, correspondências entre autoridades locais e provinciais e registros de batismo. Está ancorada ao uso da história oral, como caminho interpretativo. O recorte temporal situa-se às décadas de 1970 – 1980, devido à fatores econômicos, político e sociais. O problema de pesquisa recai sobre as manifestações culturais da comunidade quilombola São Roque, tais como músicas e festas realizadas, que podem ser consideradas formas de constituição de uma identidade étnica na luta pelo pertencimento territorial? Ainda, poderíamos mencionar festa, música e memória, como um componente que diferencia a comunidade e que contribui de forma positiva para o fomento e a construção de uma identidade étnica? Os resultados pontuam a música e a festa, como espaço de ligação que aproximam a comunidade nos festejos aos santos de devoção, recriando a identidade da comunidade e alimentando o sentimento de pertença. Oportunizando a estabilidade de determinada cultura quilombola, enquanto um espaço-tempo intrinsecamente relacionado à rotina diária e enquanto um lugar de produção identitária ligada à festa, à música, a terra e ao trabalho.