Caracterizaçao molecular e diversidade clonal de Staphylococcus aureus, isolados de leite de vacas com mastite subclinica no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bonsaglia, Erika Carolina Romão [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
agr
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151461
Resumo: Staphylococcus aureus é um agente comum de mastite bovina, responsável por grandes perdas econômicas na pecuária mundial. Esse micro-organismo possui fatores de virulência bastante conhecidos como a produção de hemolisinas, leucotoxinas e superantígenos como a toxina do síndrome do choque tóxico e enterotoxinas. O objetivo do estudo foi caracterizar molecularmente os isolados de S. aureus provenientes de leite de vacas com mastite subclínica, de várias regiões do estado de São Paulo, através de Multilocus Sequence Typing (MLST), spa typing, Pulse Field Gel Electrophoresis (PFGE) e agr. Também fizeram parte dos objetivos, testes fenótipicos e genotípicos de resistência a antimicrobianos, além da pesquisa de genes de alguns fatores de virulência como o pvl (toxina de Panton Valentine), tst (toxina da Síndrome do Choque Tóxico, , sea-see, seg, seh e sei, a fim de verificar quais os fatores de virulência mais envolvidos nesse quadro. Todos os isolados de S. aureus foram sensíveis a meticilina (MSSA), pois os genes mecA e mecC não foram encontrados. Entre os 12 antibióticos testados, observou-se resistência intermediaria à eritromicina e nenhuma das cepas foram resistentes à oxacilina, vancomicina e gentamicina. Os isolados resistentes à tetraciclina apresentaram o gene tetK . Na caracterização molecular, observou-se 23 spa types diferentes com prevalência dos tipos t605 e t127. A maioria das cepas (48,1%) eram pertencentes ao grupo agr II, seguido de 20,1% do grupo III e 8,1%, do I, sendo que o grupo agr IV não foi encontrado.Entre os fatores de virulência estudados, o gene pvl não foi observado. Em relação aos superantígenos, o gene tst foi observado em 105 das 285 cepas (37,1%) e a distribuição de genes que codificavam a produção de enterotoxinas foi muito variável. Entre os 285 isolados, 126 (44,2%) foram positivos para, pelo menos, um dos genes pesquisados e o mais frequente foi seg, ocorrendo isoladamente ou em combinações diferentes em 275 (96,5%), seguido por seh (25,/90%), sec (227/79,6%), sei (44; 15,4%), sea (31; 10,8%) e sed (10; 3,5%). Os genes seb e see não foram observados. Foram observados 23 spa type diferentes (t605, t127, t458, t521, t342, t318, t693, t177, t11659, t021, t2164, t1192, t7335, t114, t6811, t6980, t002, t3324, t559, t138, t321, t456, t2066). O mais frequente foi t605, ocorrendo em 168 cepas (58,9%), seguido t127, em 27 (9,5%) e a presença do t321 em vacas causando mastite não havia sido relatado anteriormente. Os sequence types (ST) mais frequentes foram o ST126, correspondendo a 59% dos isolados, seguidos por ST1 (9%), pertencentes ao complexo clonal (CC) 126 e 1, respectivamente. Os resultados mostraram diferenças entre os perfis entre as diversas técnicas moleculares, uma vez que o PFGE apresentou diferentes perfis entre cepas de mesmo spa type sugerindo que o spa typing não é um bom marcador molecular.