Estudo da diversidade molecular de linhagens de Staphylococcus aureus de isolados de mastite bovina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Abreu, Juliana Aizawa Porto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-17042017-172505/
Resumo: A mastite bovina é considerada a enfermidade de maior impacto na pecuária leiteira mundial. Apesar da adoção de práticas de manejo para minimizar a ocorrência desta, os resultados não são satisfatórios para o controle de Staphylococcus aureus, o principal agente causador. Além da importância veterinária, possui implicações na saúde humana devido ao uso extensivo de antibióticos no tratamento e controle da doença e devido ao potencial de disseminação zoonótica de S. aureus. A principal preocupação em relação à resistência aos antimicrobianos é referente à meticilina, mediada pelo gene mecA. Estudos moleculares são importantes para o conhecimento da diversidade genética dos agentes causadores de mastite. A tipagem por sequenciamento de um único locus, do gene da região X da proteína A de S. aureus (spa Typing), tem sido utilizada com sucesso para investigar estrutura populacional, sendo adequada para estudos epidemiológicos. O presente projeto teve como objetivo pesquisar o perfil de resistência aos antimicrobianos e a presença de genes de resistência à meticilina e de S. aureus isolados de mastite bovina, além de compreender a diversidade genética, identificar possíveis novos perfis e conhecer a distribuição destes isolados. Os resultados encontrados foram a ausência de resistência à meticilina no antibiograma, confirmada pela ausência do gene mecA, e a baixa prevalência de multirresistência aos antimicrobianos testados. Apesar de mais de 58,74% dos isolados (242/412) serem resistentes a pelo menos um antibiótico, 53,64% (221/412) correspondem a resistência à ampicilina. Foram determinados 44 spa tipos diferentes, sendo os três mais frequentes t605 (57,45%), t002 (8,4%) e t127 (8,13%). Não houve associação entre a distribuição dos spa tipos e as variáveis analisadas de ano, estado, município e fazenda, e perfil de resitência aos antibicrobianos. Este é o primeiro estudo que utiliza o spa typing para avaliar uma coleção temporalmente diversa e, portanto, representativa da região estudada ao longo de 22 anos. Logo, espera-se que a descrição dos tipos de S. aureus obtidos contribua para a compreensão dos aspectos epidemiológicos envolvidos na transmissão do patógeno e do papel dos hospedeiros como reservatórios para linhagens resistentes. Tal compreensão é imprescindível para a prevenção, controle e tratamento da mastite bovina.