Clamidósporos do Paracoccidioides brasiliensis: isolamento e estudo da infecticidade em modelo experimental murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Minatel, Igor Otavio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94780
Resumo: Este trabalho objetivou desenvolver um protocolo para produção, isolamento e purificação de clamidósporos do P. brasiliensis (Pb) e estudar seu potencial infectante em camundongos. A cepa Bt83 foi cultivada em meio líquido por 14 dias à temperatura de 25 ºC e posteriormente incubada por 36 horas a 32°C para a produção de clamidósporos. Os clamidósporos foram liberados por agitação magnética e sonicação. A purificação foi realizada em gradiente de concentração com Percoll a 95%, resultando em suspensão de clamidósporos com viabilidade de 90% e com poucos (8%) fragmentos miceliais. Para avaliar seu potencial infectante, os clamidósporos foram inoculados em camundongos por via intranasal, e os animais eutanasiados após 24h, 1, 2 e 4 semanas de infecção foram estudados através da histologia e quantificação da carga fúngica pela contagem de unidades formadoras de colônia dos pulmões, baço e fígado. Vinte e quatro horas pós-infecção observaram-se no pulmão focos de broncopneumonia contendo grande número de leveduras, algumas em brotamento múltiplo. Nos períodos subseqüentes observaram-se lesões granulomatosas, com presença de fungos, principalmente nos pulmões. A disseminação para baço e fígado foi precoce, iniciando na 1ª semana de infecção. Neste trabalho demonstramos que os clamidósporos do Pb podem ser, fácil e rapidamente, produzidos e isolados. Também mostramos que estes esporos são altamente infectantes e capazes de disseminação precoce. Os resultados indicam que os clamidósporos podem desempenhar um importante papel na infecção e desenvolvimento da paracoccidioidomicose