Efetividade da visita casa-a-casa do agente de combate às endemias no controle do vetor da dengue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Gisele Aparecida Alves Corral dos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214793
Resumo: Introdução: A dengue tornou-se um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil, atingindo as populações vulneráveis com alta capacidade de transmissão pelo Aedes aegypti. Desde 2002, foi instituído no país o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) com a função de reduzir sua incidência e letalidade, assim como a infestação do vetor. Aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Combate à Endemia (ACE) couberam as atividades de vistoria nos domicílios, prevenção, promoção e educação da comunidade, com objetivo de mobilizar a população no combate à doença, tendo em vista a expressiva epidemia de dengue na cidade de Bauru, estado de São Paulo (SP), com aumento de 50% nos casos de óbito e com aproximadamente 27 mil casos notificados em 2019. Objetivos: Analisar a efetividade das ações dos ACE na visita casa-a-casa e avaliar se as estratégias do PNCD são resolutivas. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado em dados vinculados ao Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN ON-LINE) e ao banco de dados SISAWEB, da Secretaria de Estado da Saúde vinculado à Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) que dispõem das visitas casa-a-casa realizadas pelos agentes de combate a endemias de Bauru. Para a análise estatística foram realizadas associações, utilizando a estatística descritiva (frequências, média e desvio-padrão) e inferencial (testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e o teste t de Student) adotando-se 5% de nível significância. Resultados: Das visitas realizadas pelos ACE em 2018, as mulheres, com idade média de 36,32 anos, com ensino médio completo e raça branca apresentaram maior positividade de dengue em 2019. Toda cidade de Bauru e, especificamente, as regiões Norte, Noroeste e Sul, a visita dos ACE representaram fatores de proteção para a dengue. Os locais onde foram realizadas atividades casa-a-casa rotina apresentaram menos casos de dengue. Conclusão: A visita casa-a-casa rotina realizada em 2018,teve a capacidade de diminuir a positividade por dengue no município de Bauru na epidemia de 2019, indicando que este tipo de ação, com caráter educativo, teve uma resposta positiva, devendo ser incentivado pelas políticas públicas de saúde. O controle da dengue precisa envolver vários ramos da gestão pública, não se restringindo à Saúde, mas também à Secretaria de Planejamento Urbano e a Secretaria de Meio Ambiente