" Entre canaviais e maracujazeiros" : impactos da expansão do agronegócio canavieiro na população de abelhas mamangavas no Oeste Paulista: casos agudos e crônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Valério, Daniela Ferarrezi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255880
Resumo: A expansão do agronegócio canavieiro e suas práticas, especialmente a aplicação aérea e terrestre de agrotóxicos nos canaviais, desequilibra os ecossistemas locais, resultando na morte de diversas espécies não alvo, incluindo importantes polinizadores como a abelha mamangava. Esta espécie, essencial para a polinização de plantas como o maracujá, depende de áreas minimamente preservadas para sua reprodução, tornando-se particularmente vulnerável. Neste estudo, investigamos como a expansão da cana-de-açúcar impacta negativamente a população de abelhas mamangava e, por consequência, a eficácia dos processos de polinização de espécies vegetais dependentes delas, como o maracujá. Avaliamos esta questão nas áreas de Álvares Machado, Pacaembu, Euclides da Cunha Paulista e Rosana (Gleba XV de Novembro). Além da revisão bibliográfica e análise de dados secundários, a investigação incluiu trabalhos de campo que evidenciam as diferentes realidades geográficas resultantes dos diversos contextos de produção do maracujá, tanto com quanto sem cultivo de cana-de-açúcar. Os resultados obtidos não apenas confirmam os efeitos nefastos da expansão canavieira sobre a biodiversidade e a saúde ambiental, mas também lançam uma luz crítica sobre as práticas agrícolas que ignoram os princípios básicos da sustentabilidade. Esta pesquisa reforça a necessidade urgente de políticas e práticas agrícolas mais responsáveis, que priorizem a preservação dos ecossistemas e a segurança alimentar a longo prazo.