Indicadores de depressão pós-parto, ansiedade e estresse maternos: influências sobre a interação mãe-bebê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mangili, Verônica Rodrigues [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151384
Resumo: A saúde emocional materna pode ser estudada com base em indicadores de depressão pós-parto, ansiedade e estresse maternos, a literatura investiga os impactos desses constructos sobre a interação mãe-bebê e desenvolvimento infantil. As mães com indicadores clínicos tendem a estabelecer uma interação inadequada para com seus bebês, o que altera também as respostas dessas crianças. Este trabalho teve como objetivo investigar os comportamentos interativos maternos e do bebê a partir do FFSF (Face-to-Face Still Face), procedimento experimental de nove minutos de interação mãe-bebê, divididos em três episódios. A amostra foi composta por 47 mães e bebês de 3 a 5 meses de idade, que participavam do projeto de extensão “Acompanhamento do Desenvolvimento de Bebês: Avaliação e Orientação aos Pais”. O trabalho foi dividido em dois estudos, o primeiro comparou os comportamentos interativos de mães sem indicadores emocionais clínicos (G1) dos comportamentos interativos de mães com indicadores emocionais clínicos (G2), além da comparação dos comportamentos maternos entre os episódios. Os resultados destacaram que mães de G1 interagiram mais com seus bebês, tanto positiva, quanto negativamente. A comparação entre os episódios demonstrou que ambos os grupos interagiram mais no episódio um e retomaram parcialmente a interação no episódio três. O estudo dois comparou as médias dos comportamentos interativos dos bebês de G1 (bebês de mães sem indicadores emocionais) e G2 (bebês de mães com indicadores emocionais). Os bebês de G2 emitiram mais comportamentos negativos durante os episódios um e dois, e os bebês de G1 emitiram mais comportamentos positivos nesses episódios. Os comportamentos de regulação foram mais frequentes no episódio dois, pelos bebês de G2. A comparação das médias dos comportamentos entre os episódios do FFSF indicou que ambos os grupos de bebês sofreram o efeito Still Face, à medida que diminuíram a emissão de comportamentos positivos e aumentaram a frequência de comportamentos negativos e de regulação. Os resultados obtidos contribuem com o estofo teórico sobre o tema e podem embasar programas de intervenção sobre a interação mãe-bebê. Apesar disso, são necessários trabalhos com maiores amostras, que isolem algumas variáveis e com diferentes instrumentos de avaliação para confirmar os dados apresentados.