Interação mãe-bebê com suspeita de deficiência auditiva e indicadores de saúde emocional materna: comparação com díade mãe-bebê ouvinte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pederro, Mariana de Freitas Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/157286
Resumo: A interação mãe-bebê é a mais importante das interações, possibilitando à mãe o oferecimento de afetividade e segurança para um vínculo sadio e promotor do desenvolvimento do seu bebê. Muitos são os fatores que podem comprometer esse vínculo e, entre eles, estão a saúde auditiva do bebê e a saúde emocional materna. O objetivo do presente estudo foi descrever e comparar a interação de mães ouvintes e bebês com suspeita de deficiência auditiva e de mães e bebês ouvintes, associando-a com indicadores emocionais maternos. Participaram 50 díades, sendo 25 mães e bebês com suspeita de deficiência auditiva (G1) e 25 mães e bebês ouvintes (G2). Foram utilizados os instrumentos Sistema de Codificação da Interação Mãe Criança Revisado (CITMI-R), para avaliar a interação mãe-bebê e a Escala de Estresse Percebido (PSS), o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e o Inventário de Depressão Beck (BDI), para avaliar a saúde emocional materna. Os dados referentes à saúde emocional desta amostra foram organizados e descritos conforme os crivos e tabelas de apuração e interpretação contidos no manual de cada instrumento. A interação mãe-bebê foi codificada de acordo com o protocolo do CITMI-R, adaptado para este estudo. Os resultados foram comparados utilizando o Teste de Mann Whitney e correlacionados utilizando o Teste de Spearman. Observou-se diferenças estatísticas entre os grupos, sendo que os bebês do G1 apresentaram menos comportamentos positivos e neutros e mais comportamentos não responsivos e a frequência dos comportamentos das mães desse mesmo grupo ocorreram mais nas categorias de comportamentos positivos, neutros e não responsivos. Em relação à saúde emocional, as mães do G1 apresentaram mais indicadores clínicos para depressão, ansiedade estado e traço e, quando relacionados com os comportamentos interativos de seus bebês e seus próprios, houve relação entre a saúde emocional e os comportamentos emitidos pelas díades. Os resultados podem contribuir para o desenvolvimento de intervenções na interação mãe-bebê com suspeita ou deficiência e saúde emocional materna.