(Des)concerto: o realismo maravilhoso em Concierto Barroco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Andreu, Thiago Miguel [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99173
Resumo: O discurso realista maravilhoso, por não apresentar disjunção entre natural e sobrenatural, tornase um espaço de convergência e debate dos fatos de que se tem conhecimento sobre a América, dando margem para a transgressão do real, sem ruptura. O único enfrentamento seria com a própria história tida, até o momento, como hegemônica, característica que encontra na diegese, condições para proliferar a ideologia americanista, relacionada à formação da identidade no discurso literário hispano-americano, que está no cerne das discussões a respeito do subgênero. A partir da constatação de tais mecanismos narrativos típicos do realismo maravilhoso, propomos avançar para o campo analítico pragmático e fenomenológico, tendo como referencial teórico, em especial, os postulados de Irlemar Chiampi (1980), Alejo Carpentier (1949), William Spindler (1993) e David Roas (2001), aplicados na estrutura da narrativa do romance carpentieriano Concierto barroco, de 1974. Para nossa pesquisa, temos como objetivo analisar quais seriam os mecanismos textuais que instauram o subgênero realismo maravilhoso na narrativa do romance supracitado os quais, possivelmente, se articulam, em um segundo momento, com conceitos como a história e a ideologia. Estruturamos o primeiro capítulo da dissertação, como uma averiguação teórica do subgênero, perpassando questões como o realismo maravilhoso e a mimese literária, suas correlações com o surrealismo, e com o mágico sui generis, como também suas feições linguística, pragmática e ideológica. Isto feito, avançamos para a análise do romance, detendo-nos em cinco aspectos básicos de estruturação – fabricação de efeito de encantamento na narrativa (CHIAMPI), ausência de hesitação, cronologia e espaço diegéticos não-lineares, expressão linguística do subgênero e história como articulador textual