Balanço de energia no sistema de produção do lambari em monocultivo e em cultivos integrados com camarão-da-amazônia e curimbatá.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mantoan, Paulo Victor Leme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204161
Resumo: O cultivo integrado melhora a utilização dos recursos naturais e associado ao uso racional da energia pode aumentar a sustentabilidade na aquicultura. O conhecimento do balanço energético demonstra como a energia em suas diferentes formas é distribuída nos compartimentos ecológicos do sistema a partir das entradas e saídas de energia em Megajoule (MJ) para cada sistema de cultivo. Este experimento teve duração de dois meses, possuindo três tratamentos e quatro repetições, o monocultivo de lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax lacustris - LM) e cultivos integrados de lambari-do-rabo-amarelo com camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum - LCa) e lambari-do-rabo-amarelo, camarão-da-amazônia e curimbatá (Prochilodus lineatus - LCaC). Os lambaris foram alimentados com dieta comercial (32% PB) duas vezes ao dia e as demais espécies se alimentaram dos resíduos produzidos no sistema. Foram medidas as radiações solar e atmosférica para calcular o saldo de calor disponível nos viveiros, e coletadas amostras de água de entrada, infiltrada e saída, animais, ração, sedimento, CH4 absorvidos e emitidos. Entradas de energia elétrica e do trabalho humano foram estimadas. Com base nesses dados, foram determinados o balanço energético dos três sistemas e o saldo de calor. A entrada total de energia foi igual em todos os sistemas, apresentando em média 241,8±10x10³ MJ ha-1. Embora não houve diferença na entrada total para os sistemass, a energia incorporada na biomassa total de interesse econômico é maior em LCaC com 80,1±10x10³ MJ ha-1. A saída total de energia foi maior no sistema com três espécies (463,4±31,1x10³ MJ ha-1). A entrada total de energia a partir das radiações de ondas curtas (SW) e longas (LWa) foi 1018,4±126,6 MJ ha-1 e a saída total de energia por meio da onda longa pela água (LWw), calor latente de evaporação (λE) e fluxo de calor sensível (C) foi 261,6±42,1 MJ ha-1. Assim, o saldo de calor é 756,7±102,5 MJ ha-1. Portanto, o cultivo do lambari integrado ao camarão-da-amazônia e o curimbatá constitui um sistema produtivo mais eficiente energeticamente, resultando no aumento da sustentabilidade e o saldo de calor disponível caracteriza a capacidade dos viveiros em armazenar calor para o funcionamento de todo o ecossistema.