Status sanitário da produção de lambari-do-rabo-amarelo Astyanax lacustris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Margarido, Yvana Melyssa Mandú
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192372
Resumo: Dentre os peixes nativos com potencial para a piscicultura, destaca-se o Astyanax lacustris, espécie de pequeno porte, pelágica, com hábito alimentar onívoro e amplamente distribuída nas bacias hidrográficas neotropicais. Esta espécie é comum na região sudeste do Brasil e têm se destacado pelo potencial para a produção comercial. Todavia, a intensificação da produção tem acarretado problemas de saúde, principalmente causados por parasitos, em que relatos sobre o status sanitário da espécie são escassos. Assim, este estudo teve como objetivo identificar os principais parasitos que afetam o A. lacustris e determinar os índices ecológicos do parasitismo. O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Microbiologia e Parasitologia de Organismos Aquáticos, do Centro de Aquicultura da UNESP (LAPOA) em parceria com pisciculturas comerciais de lambari, localizadas no município de Buritizal/SP e Jaboticabal/SP. Para tanto, 270 peixes foram submetidos ao exame parasitológico através de raspado da pele e brânquias, análise de órgãos internos, como fígado, rim, cérebro e trato gastrointestinal, sendo este material observado em microscópio. Foi verificada a ocorrência de protozoário ciliado (tricodinídeos), protozoário mastigóforo (Piscinoodinium pillulare), nematódeos cistos de mixosporídeos e monogenéticos. A maior prevalência foi de tricodinídeos, sendo a espécie Tricodina heterodentata primeiramente relatada no lambari como ectoparasito e os mixosporídeos (Henneguya sp.) como endoparasitos. Após análise das variáveis limnológicas da água, pode-se observar elevada concentração de fósforo, justificando a necessidade de intervenções e mudanças no manejo das pisciculturas para ajustar o ambiente as condições adequadas para o desenvolvimento e manutenção da saúde dos peixes, pois a qualidade da água inadequada favorece o aparecimento de doenças parasitárias, que são uma grande preocupação na piscicultura, pois resultam em perdas diretas e indiretas. O controle eficaz das doenças depende do manejo sanitário integrado, que considera o hospedeiro, o meio ambiente, os parasitas e a prática adequada de criação.