Balanço de fósforo no sistema de produção do lambari-do-rabo-amarelo em monocultivo e em cultivos integrados com camarão-da-amazônia e curimbatá

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Julia Raquel do Carmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214288
Resumo: A sustentabilidade na aquicultura pode ser aumentada por meio de cultivos integrados e multitróficos. O fósforo é um fator limitante na produção de organismos aquáticos. Neste trabalho, foi testada a hipótese de que o cultivo integrado com espécies de diferentes nichos tróficos aumenta a assimilação de fósforo no sistema. Um experimento de 60 dias foi realizado em 12 viveiros de fundo natural, com três tratamentos e quatro repetições, todos em sistema fechado, sendo eles o sistema de monocultivo de lambari-do-rabo-amarelo (Astyanax lacustris) e os cultivos integrados das espécies A. lacustris com camarão-da-amazônia (Macrobrachium amazonicum) e A. lacustris com M. amazonicum e curimbatá (Prochilodus lineatus). O lambari exerceu a função de espécie principal, sendo diretamente alimentado com ração comercial (32% de proteína bruta) duas vezes ao dia. O camarão-da-amazônia e o curimbatá foram as espécies secundárias, se alimentando dos resíduos produzidos no sistema, como ração e fezes, e da biota aquática. As entradas e saídas de fósforo no sistema foram quantificadas por meio de amostras de água de entrada, saída e da chuva, dos animais, do sedimento e da ração fornecida para determinar a massa de fósforo acumulada em cada compartimento do sistema. Nenhum compartimento de entrada apresentou diferença estatística entre os tratamentos. A dieta foi responsável pela maior entrada de fósforo no sistema (60 – 64%), seguido pela água de abastecimento (18 – 29%) que é hipereutrófica. Na saída, o sedimento representou 69 – 81% do fósforo, mostrando que há um acúmulo do que não é assimilado pelo sistema nesse compartimento. A assimilação de fósforo apresentou valores de 51,3% no monocultivo, 56,35% no cultivo integrado de M. amazonicum e A. lacustris. O maior valor encontrado foi de 78,9% no cultivo integrado com as três espécies. Esse estudo confirma a hipótese inicial e mostra que existe uma otimização do uso dos recursos e aproveitamento de nutrientes quando são usados sistemas multitróficos com espécies com características ecológicas complementares.