Análise funcional dos evidenciais e modalizadores no discurso da autoajuda da saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nagamura, George Henrique [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86550
Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar o funcionamento dos evidenciais e modalizadores no discurso da autoajuda, comparando o uso dessas categorias em dois tipos temáticos desse discurso. O primeiro tipo, o qual denominamos autoajuda genérica, refere a obras em que não há uma especificação dos tipos de objetivos que se pretende alcançar com a aplicação dos métodos propostos pela autoajuda. O segundo tipo, denominado autoajuda da saúde, se refere a obras em que o objetivo é a cura e prevenção de doenças. A hipótese de que partimos é a de que a escolha temática irá influenciar na manifestação da modalidade e da evidencialidade, uma vez que essa escolha implica em relações interdiscursivas específicas. Para a análise dessas categorias, utilizamos a abordagem da Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008), por se tratar de uma abordagem estratificada do enunciado, possibilitando, dessa forma, melhor compreensão dos diversos efeitos de sentido gerados por cada tipo de modalizador e evidencial. Como resultado de nossa análise, vimos que a relação interdiscursiva da autoajuda da saúde com o discurso médico influenciou a escolha dos modalizadores epistêmicos, com a preferência do enunciador da autoajuda da saúde por modalizadores objetivos, manifestando baixo comprometimento com relação à avaliação realizada. A relação com o discurso médico, influenciou também a escolha dos evidenciais, havendo a preferência do enunciador da autoajuda da saúde por evidenciais reportativos, buscando, assim, aparentar maior cientificidade do que o enunciador da autoajuda genérica. Outra diferença no comportamento dos modalizadores se deu nos domínios deôntico e dinâmico, para os quais constatamos uma maior imposição por parte do enunciador da autoajuda genérica