Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rosário, Pablo Jardel Oliveira do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256186
|
Resumo: |
O objetivo central deste trabalho é fazer uma descrição da construção (ser) capaz de/que no português brasileiro a partir de dois modelos gramaticais, nomeadamente a Gramática de Papel e Referência (Role and Reference Grammar — RRG), de Van Valin (2023), Valin; LaPolla (1997), Van Valin (1993), e a Gramática Discursivo-Funcional (Functional Discourse Grammar — GDF), de Hengeveld; Mackenzie (2008). Especificamente, este estudo busca: i) identificar os valores modais expressos pela construção em termos dos modelos teóricos adotados ii) mostrar como a variabilidade da estrutura complexa que a construção organiza pode ser explicada em função da distribuição hierárquica das modalidades em diferentes camadas da oração, isto é, como esses modelos podem lidar com a correlação entre os diferentes valores modais e as diferentes formas de expressão da construção; e, por fim, iii) comparar os resultados obtidos com o intuito de verificar em quais aspectos a adoção desses dois modelos teóricos pode viabilizar uma compreensão mais ampla da construção investigada. O corpus utilizado na pesquisa é o Corpus do Português (Davis; Ferreira, 2006), do qual extraíram-se dados do banco de dados web/dialetos. A análise baseada nos dois modelos teóricos relevou aspectos semânticos e sintáticos da construção: em termos da RRG, a construção modal (ser) capaz de/que pode ser meio expressão de modalidade de raiz (habilidade) e de status (modalidade epistêmica). Além disso, o exame baseado no modelo mostrou que construção pode figurar em diferentes níveis de juntura e tipos de nexos (juntura central cossubordinada, juntura oracional subordinada e juntura central coordenada). Em termos da GDF, a análise revelou que a construção pode ser meio de expressão de modalidade facultativa orientada para o participante, modalidade facultativa orientada para o evento, modalidade epistêmica orientada para o episódio e modalidade epistêmica orientada para a proposição e que, em termos morfossintáticos, a construção pode encaixar Orações subordinadas com Sintagmas Verbais nucleados por Palavras Verbais não finitas e finitas. A opção pelos dois modelos teóricos viabilizou, portanto, uma compreensão mais ampla dos aspectos semânticos e formais da construção. |