Um estudo das modalidades deôntica e volitiva nos discursos do presidente Lula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Casimiro, Sérgio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86548
Resumo: Neste trabalho, sustenta-se a hipótese de que, em relações assimétricas entre falante e ouvinte, a posição hierárquica superior ocupada pelo falante favorece a interpretação de uma expressão volitiva como uma manifestação deôntica. Com base em uma abordagem funcional da modalidade, foram analisados verbos volitivos e verbos deônticos nos discursos proferidos pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (2003 a 2006) a interlocutores com os quais mantém diferentes relações hierárquicas. Os objetivos deste trabalho foram: (i) descrever a manifestação da volição, buscando sua caracterização como um subtipo deôntico ou como um tipo de modalidade; (ii) analisar a relação entre volição e ordem e descrever os efeitos de sentido decorrentes de seu emprego nesse tipo específico de interação e (iii) analisar a relação entre a ordem hierárquica dos interlocutores, a expressão e a interpretação da modalidade. Observou-se que verbos volitivos podem apresentar dois valores semânticos, correspondendo a uma interpretação prototipicamente volitiva e uma interpretação deôntica, quando um determinado conjunto de fatores sintáticos, semânticos e pragmáticos é preenchido. Pôde-se constatar também que volição constitui, de fato, um tipo de modalidade diferente da Modalidade deôntica.