Ilhas de calor e casos de dengue em Taubaté-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alexandrino, Francisca Inez Gouveia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251033
Resumo: O crescimento das cidades vem contribuindo com as alterações do microclima e impactando no ambiente físico e natural. Este desequilíbrio está no surgimento da Ilha de Calor, promovida pelo excesso de áreas construídas, pouca permeabilidade no solo e de áreas vegetadas, contribuindo com o aumento de temperatura e tornando os ambientes favoráveis para a proliferação de doenças vetoriais como a dengue. A maioria das pesquisas sobre Ilha de Calor está relacionada com conforto térmico e o equilíbrio ambiental nas áreas urbanas, sendo as alterações ambientais contribuidoras nas condições de saúde. Segundo a Secretária de vigilância epidemiológica da cidade de Taubaté-SP, na região do Vale do Paraíba, com população de 280.000 hab./2014, notificou mais de 9 mil casos de dengue. Esta pesquisa se propôs analisar a distribuição espacial de casos da dengue, considerando as ilhas de calor urbanas e variáveis socioeconômicas no município de Taubaté-SP. Foram consideradas as faixas etárias de 0 a 19 anos, 20 a 39 anos e 40 a 59 anos de residentes do município no ano de 2014. Foi realizado um estudo ecológico e exploratório utilizando ferramentas de análise espacial com informações de setores censitários da cidade de Taubaté-SP. Para tanto, imagens do satélite Landsat 8 sensores Orli/Tirs da orbita 118/76 que foram adquiridas, processadas e analisadas pelo sistema de informação geográfico (SIG) com o programa ArcGIS versão 10.1. Os casos de dengue entre janeiro a junho de 2014 foram obtidos na SECRETARIA DE SAÚDE do município e identificados 7.556 casos nas faixas etárias. Dados larvais foram adquiridos pela Superintendência de Controle de endemias (SUCEN) de Taubaté -SP e foram identificados 36 focus larvais em Janeiro de 2014 nos setores urbanos. Foram construídos mapas temáticos, densidade de Kernel e Moran Global de acordo com casos de dengue, temperatura do solo e dados Larvais, bem como mapas de Moran bivariado associando os casos da dengue com temperatura do solo, dados larvais, variáveis do índice Paulista de vulnerabilidade social (IPVS) e variáveis socioeconômicas, todos analisados no SIG com programa GeoDa. Foram obtidos associação positiva entre casos de dengue e temperatura do solo e com dados IPVS destacando as classes Alta e média com vunerabilidade social, como também associação positiva entre casos de dengue e as variáveis socioeconômicas, apontando para classes com altas e médias condições socioeconômica mais favoráveis para os casos acometidos da doença.