O Judeu Errante nas obras de Eugène Sue e Jean d'Ormesson: da literatura de folhetim às errâncias da literatura contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Taciana Martiniano de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193530
Resumo: O presente estudo, com foco no mito de Ahasverus, ou mito do Judeu Errante, objetivou a comparação entre duas obras literárias francesas, o romance social de Eugène Sue, Le Juif errant (1844-1845), cuja publicação em folhetim o coloca, ainda hoje, entre os escritores mais lidos de todos os tempos, e Histoire du Juif errant (1990), romance contemporâneo escrito por Jean d'Ormesson, romancista, historiador, filósofo e membro da Academia Francesa de Letras, falecido em dezembro de 2017. Buscando compreender o papel desempenhado por Ahasverus em duas estéticas literárias tão distantes entre si, nossa atenção concentrou-se na evolução da figura mítica que, de lendário personagem popular a mito exemplar cristão, passando da culpabilidade à errância consoladora, atrai ora o desprezo ora a compaixão segundo as tendências. Testemunha histórica do progresso e dos fracassos humanos, visto sob diferentes perspectivas pelos dois autores, com pontos de vista intrínsecos cada qual a seu século, observamos que Ahasverus conserva, em ambas as narrativas, seu papel fundamental de denunciador. Severo e aflito em Sue, irônico e sarcástico em d'Ormesson, mas ambos considerando o homem como o grande vilão da História.