Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Targa, Débora Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193019
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Resumo: |
Lavras de mineração como as de óxidos e sulfetos são responsáveis por gerar expressivos volumes de material estéril e rejeito. São diversos os métodos construtivos utilizados para a disposição de pilhas de rejeito, o que as tornam únicas do ponto de vista estrutural com características particulares de seu material constituinte e que interferem na dinâmica hidrogeológica. A preocupação reside na possível presença de minerais reativos, como os sulfetos, vulneráveis às mudanças físico-químicas do meio e que acarretam sérios impactos ambientais, a exemplo da drenagem ácida de mina (DAM). A Mina Osamu Utsumi enfrenta as consequências da geração de DAM em função da disposição mal planejada do rejeito proveniente da exploração de óxido de urânio. O presente trabalho busca, então, elucidar os processos formadores de drenagem ácida e a dinâmica hidrogeológica no interior da pilha de rejeito que compõe o Bota-Fora 08 (BF-08) da Mina Osamu Utsumi a partir de dos métodos geofísicos da Eletrorresistividade e da Polarização Induzida, por meio da técnica de tomografia elétrica em arranjo Wenner-Schlumberger. Dados hidroquímicos de poços de monitoramento disponibilizados pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) também contribuíram para as interpretações geofísicas referentes ao ambiente hidrogeológico local. Os modelos bidimensionais indicaram a presença de regiões com valores de resistividade inferiores a 20 Ω.m na porção nordeste e sudoeste da pilha de estéril, conectadas a partir do fluxo de água reconhecido na parte central da área de estudo. Esses bolsões foram interpretados como zonas de percolação de drenagem ácida. Foram identificados alinhamentos que mostram uma possível conexão hidráulica entre os aquíferos da pilha de rejeito (poroso) e do topo rochoso (fraturado), o que favorece trocas químicas com circulação de efluentes em ambos os sistemas hidrogeológicos. Os dados referentes a cargabilidade permitiram reconhecer a existência de três zonas com altas concentrações de sulfetos provenientes tanto do rejeito quanto do maciço rochoso. Os modelos pseudo-3D mostram que as zonas mineralizadas localizadas a nordeste e a sudeste são os mais suscetíveis a lixiviação e consequente geração de drenagem ácida em função de sua interação com as zonas saturadas. Os dados hidroquímicos complementam as interpretações geofísicas, com indicação de que no aquífero poroso existem condições químicas favoráveis à geração de drenagem ácida. Em relação ao aquífero fraturado, foi constatado um expressivo volume de sulfato dissolvido, cuja origem é atribuída ao resíduo de Diuranato de Cálcio (DUCA) disposto na cava. Uma vez dissolvido, este infiltra nas fraturadas do topo rochoso e é dispersado no meio hidrogeológico, com eventual liberação de íons de urânio (U+6). |