Prospecção geofísica de detalhe em área potencialmente mineralizada em ouro em São Sepé (RS)

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Lima, Antônio Elton da Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Geofísica; Eletrorresistividade; Polarização induzida; Ouro; Sulfetos; Pesquisa mineral; Resistividade; Cargabilidade; Modelagem 3D; Mineral exploration; Gold; Sulfides; Resistivity; Chargeability; 3D modeling
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191013

O potencial geológico do Brasil para mineralizações auríferas é mundialmente reconhecido, quer seja pelo seu passado histórico, como por conta do expressivo número de ocorrências, depósitos, minas e as centenas de áreas ativas e inativas distribuídas por todo o país. Na região em que presente estudo foi realizado, já foram detalhados uma série de jazimentos desta natureza, caracterizadas por associações de filões de quartzo e pequenas proporções de óxidos de ferro, pirita e calcopirita. Este trabalho apresenta, portanto, os resultados de um estudo de prospecção geofísica de detalhe realizado a partir da aplicação conjunta dos métodos da Eletrorresistividade e da Polarização Induzida, integrados a análise estrutural. O local estudado consiste numa área potencialmente mineralizada em ouro no Complexo Bossoroca, localizada na zona rural do município de São Sepé (RS). Para obtenção dos dados geofísicos foram realizadas cinco linhas de 400m de comprimento e 10m de espaçamento entre eletrodos, através da técnica de tomografia elétrica em arranjo Schlumberger. O levantamento estrutural, por sua vez, considerou medidas de lineamentos, extraídas a partir de imagem SRTM da área, assim como dados de acamamentos e de fraturas de litotipos pertencente ao Complexo Bossoroca, obtidos a partir de levantamento estrutural sistemático. Os resultados de resistividade não permitiram a definição de zonas mineralizadas, possivelmente devido ao pequeno contraste existente entre a rocha encaixante e a zona mineralizada. Os dados de cargabilidade indicaram três zonas com altos valores (≥ 4,4 mV/V) localizadas a leste, sudoeste e sul da área investigada e interpretadas como possíveis zonas mineralizadas. Destas zonas, as encontradas a sudoeste e sul da área possuem forma de cone alongado segundo as direções NW-SE e NE-SW e apresentam continuidade lateral e em profundidade. A análise estrutural dos lineamentos e das fraturas revelou duas famílias principais com trends segundo as direções NE-SW e NW-SE. O conjunto de estruturas possivelmente serviu como condutos de fluxo de fluidos mineralizantes até os locais de resfriamento e retenção, reconhecidos nas regiões de altos valores de cargabilidade.