Psicologia e assistência social: contribuições da psicanálise de Freud e Lacan e do materialismo histórico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mexko, Sara [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150287
Resumo: Nosso objetivo principal foi pensar o que pode fazer um psicólogo precavido pela Psicanálise de Freud e Lacan e pelo Materialismo Histórico de Marx no campo da Assistência Social. Partimos do Dispositivo Intercessor como um novo meio de produção de saber na práxis comum (trabalho) e meio de produção de conhecimento na práxis universitária. O Dispositivo Intercessor parte de dois momentos de produção radicalmente diferentes: o momento da práxis institucional junto aos sujeitos e no coletivo de trabalho, e o momento da reflexão teórica, produzida a posteriori, sobre as vivências, movimentos e produções de intercessor realizadas no primeiro momento. Os referenciais teóricos éticos que subsidiam os dois momentos são: o Materialismo Histórico de Marx, a Análise Institucional francesa, a Filosofia da Diferença e a Psicanálise do campo de Freud e Lacan. Esses referenciais nos oferecem a possibilidade de tanto analisarmos as práticas e os discursos do campo da Assistência Social como também de interceder nele. Apresentamos uma reflexão sobre a Política Nacional de Assistência Social e acerca do Sistema Único de Assistência Social traçando alguns paralelos com o Sistema Único de Saúde. Em seguida, abordamos a instituição Assistência Social enquanto um dispositivo social de produção de subjetividade, destacando que há uma relação de indissociabilidade entre a produção de atenção assistencial e a produção de subjetividade. Abordamos, também, as bases do Dispositivo Intercessor e seus dois momentos, e apresentamos um pouco de nossa práxis enquanto trabalhadora-intercessora, mais especificamente nossas reflexões acerca dos acontecimentos, atravessamentos, impasses e movimentos como psicóloga atuando em estabelecimentos assistenciais em um município de pequeno porte do interior do Estado de São Paulo. Em nossa vivência pudemos realizar a escuta em contextos diferentes da clínica tradicional, como por exemplo, rodas de conversa com sujeitos e trabalhadores. A psicanálise do campo de Freud e Lacan oferece ao trabalhador um referencial teórico e ético que possibilita a escuta do sujeito para além do sujeito de direitos, isto é, a escuta do sujeito do inconsciente.