Saúde emocional de pais de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista: sobrecarga e enfrentamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nicolau, Caio Fernando Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251900
Resumo: A saúde emocional de pais de crianças com deficiência tem sido amplamente discutida no campo científico, considerando que no exercício da parentalidade os genitores passam a ser cuidadores informais quando atuam na rotina dos filhos com necessidade de cuidados especializados. Mesmo sem formação na área da saúde, realizam os cuidados de higiene, alimentação, locomoção, administram medicações, formam o elo com a equipe formal de saúde e oferecem suporte emocional para a pessoa cuidada. Nos cuidados da criança diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), as adversidades se relacionam as diferentes apresentações clínicas deste transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por atrasos em variados marcadores do desenvolvimento geralmente percebidos nos primeiros quatro anos de vida. Para além das dificuldades dos filhos, os responsáveis podem enfrentar desafios pessoais como estresse, redução da qualidade de vida, ansiedade e depressão. O objetivo desta pesquisa foi investigar as estratégias de enfrentamento, a classificação de sobrecarga e a prevalência de ansiedade, depressão e estresse percebido em pais de crianças diagnosticadas com TEA. Foi realizado um survey transversal com amostra por conveniência com 50 participantes, cuidadores primários de crianças com idade até 11 anos e 11 meses com o diagnóstico de TEA. Os instrumentos utilizados foram: Questionário Sociodemográfico, Escala Cognitiva de Ansiedade, Escala Baptista de Depressão – Versão Adulto, Escala de Estresse Percebido, Inventário de Estratégias de Coping e Inventário de Sobrecarga de Zarit. Os resultados apontam que houve forte correlação entre as variáveis de ansiedade e depressão (p= 0,75), evidenciando a redução de ambas quando associadas. Os escores para o fator de intolerância a vulnerabilidade também reduziram quando houve diminuição dos escores de depressão (p= 0,70). Houve forte correlação entre a prevalência de sobrecarga e depressão (p= 0,89). As estratégias de enfrentamento mais utilizadas foram as de aceitação de responsabilidade e reavaliação positiva. O estudo concluiu que houve alta prevalência de sobrecarga moderada à severa entre os participantes, principalmente entre as mães, e que as estratégias de enfrentamento utilizadas podem ter sido funcionais para a estabilidade da saúde emocional, especificamente para as variáveis de estresse e depressão.