Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Vanessa Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-15122021-124410/
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Resumo: |
Introdução: A fragilidade em idosos e o declínio do estado físico e mental influenciam a relação idoso/cuidador e a maneira como o cuidador enfrenta as situações estressoras. Por essas repercussões, têm sido temas de grande relevância no cenário da Geriatria e da Gerontologia. Objetivo: avaliar a sobrecarga e as estratégias de Coping utilizadas por cuidadores familiares no cuidado de idosos frágeis e não frágeis em um serviço público do interior paulista. Método: Estudo transversal, de análise descritiva e analítica, desenvolvido com cuidadores e seus respectivos idosos, acompanhados no Ambulatório de Geriatria de uma unidade de saúde de um município paulista. Os principais instrumentos utilizados com o idoso foram Tilburg Frailty Indicator, Índice de Barthel e Escala de Lawton e Brody. Para avaliação do cuidador, fez-se o uso da Escala de Sobrecarga de Zarit e do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. Os dados foram digitados no programa Microsoft Excel®. As médias dos cuidadores com e sem sobrecarga foram comparadas por meio do Teste t Student. Para relacionar a variável-desfecho com as variáveis exploratórias utilizou-se, além da regressão linear, o teste de Correlação de Pearson. Todos os testes adotaram nível de significância de p≤0.05. Resultados: Foram avaliados 47 cuidadores e os respectivos idosos. A maioria apresentou idade inferior a 60 anos (70,2%), sexo feminino (87,2%), estado civil casado (61,7%), filhos (59,6%) e vivia no mesmo domicílio que o idoso (70,2%). O cuidado, em horas diárias, variou de três a 24 horas, sendo que 89,4% dos participantes relataram ausência de treinamento prévio para esta função. Na comparação das médias das variáveis categóricas do cuidador com a escala de Zarit, verificou-se média de 22,17 para os cuidadores que não tiveram treinamento e de 42,80 para aqueles que tiveram. Na análise de correlação utilizando a escala de Zarit, evidenciou-se correlação positiva entre a sobrecarga do cuidador e os dias de cuidado do idoso, ou seja, a sobrecarga aumenta à medida que o cuidado é ofertado em mais dias da semana (p=0,05). Os fatores Enfrentamento, Autocontrole e Aceitação de responsabilidade foram os únicos com preditores estatisticamente significativos: em ordem decrescente de importância, a fragilidade (beta = 0,32, p = 0,023, no fator Autocontrole, e beta = 0,30, p = 0,042, em Aceitação de responsabilidade) foi a variável preditora mais importante, indicando que o aumento da fragilidade resulta em maiores escores de enfrentamento nessas dimensões. Conclusão: Na análise de sobrecarga, a escala de Zarit obteve pontuação mínima de três e máxima de 64, com média de 24,26%. Das estratégias de Coping utilizadas, prevaleceram Autocontrole e Aceitação de responsabilidade, seguidas de Confronto, Resolução de problemas e Reavaliação positiva. |