Explorando os efeitos do método Pilates na saúde cardiovascular e autonômica: uma análise integrativa de uma revisão sistemática com metanálise e dois ensaios clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Cavina, Allysiê Priscilla de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253259
Resumo: Introdução: o método Pilates tem sido amplamente estudado quanto aos seus efeitos na saúde cardiovascular e no condicionamento físico, especialmente em grupos específicos, como mulheres hipertensas e jovens saudáveis. Esses estudos buscam avaliar a eficácia do método Pilates na redução da pressão arterial e da frequência cardíaca, a modulação autonômica e também ajustar a prescrição adequada do método para obter benefícios terapêuticos. Métodos: O primeiro estudo foi uma revisão sistemática com meta-análise de ensaios clínicos randomizados em mulheres hipertensas, avaliando os efeitos do método Pilates na pressão arterial e frequência cardíaca. O segundo estudo analisou a recuperação da modulação autonômica cardíaca após diferentes níveis de treinamento do método Pilates em homens jovens saudáveis, utilizando índices vagais da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). E o terceiro estudo investigou a carga interna de treinamento do método Pilates em indivíduos jovens saudáveis, utilizando a Escala de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), a frequência cardíaca e índice vagal da VFC (rMSSD). Resultados: em mulheres hipertensas, o método Pilates reduziu significativamente a pressão arterial sistólica em -7,28 mmHg (IC 95% [-8,99 a -5,57]), a pressão arterial diastólica em -3,07 mmHg (IC 95% [-5,21 a -0,93]), a pressão arterial média em -5,74 mmHg (IC 95% [-6,81 a -4,67]) e a frequência cardíaca em -3,28 bpm (IC 95% [-5,86 a -0,69]. Além disso, foi verificado que o treinamento do método Pilates reduziu a modulação parassimpática, representada pelos índices rMSSD e SD1, nos níveis intermediário e avançado nos primeiros cinco minutos da recuperação pós-exercício. E por fim, verificou-se que a carga interna de treinamento aumentou conforme a progressão dos níveis básico a avançado do método Pilates, e a PSE foi considerada uma ferramenta útil para acompanhar a resposta da frequência cardíaca, e sua utilização foi considerada para possíveis ajustes nas cargas de treinamento. Conclusão: os estudos indicam que o método Pilates é eficaz na redução da pressão arterial e frequência cardíaca em mulheres hipertensas, podendo ser uma abordagem complementar ao tratamento da hipertensão arterial. Além disso, o nível intermediário e avançado do método Pilates reduziu a modulação parassimpática nos minutos iniciais da recuperação pós-exercício, porém, o nível básico não promoveu alterações no comportamento autonômico imediatamente após a sessão de exercício. A PSE mostrou-se útil para ajustar as cargas de treinamento, facilitando a progressão do método Pilates em indivíduos jovens saudáveis.