Análise da função barorreflexa e parâmetros cardiovasculares avaliados pela cateterização de diferentes artérias em ratos não anestesiados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vieira, Murilo Augusto Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17134/tde-11042022-143300/
Resumo: A medida direta da pressão arterial (PA) pela cateterização oclusiva de artérias periféricas é um procedimento comum em laboratórios de fisiologia cardiovascular. No entanto, fatores como isquemia, inflamação e/ou dor podem comprometer a interpretação de dados coletados, principalmente em animais não anestesiados. No presente estudo, avaliamos parâmetros hemodinâmicos, variabilidade da frequência cardíaca, da pressão arterial e função barorreflexa em ratos com cateterização de diferentes artérias. Foram selecionados registros basais de PA de estudos prévios do laboratório realizados por meio de cateteres implantados na a. femoral (N=10), carótida (N=9) ou por cateterização não oclusiva da aorta abdominal (N=13). Séries de valores de intervalo de pulso (IP) e PA sistólica foram geradas para cada grupo de registros e utilizadas para cálculo de índices de variabilidade desses parâmetros, bem como para avaliação da função barorreflexa pela técnica da sequência e por análise espectral cruzada. Os ratos com cateter na carótida foram taquicardíacos (392±18 bpm) comparados àqueles com cateter na a. femoral (358±11 bpm) ou aorta abdominal (343±10 bpm). A PA sistólica foi maior nos animais com cateter na a. femoral (126±3 mmHg) em relação aos outros grupos (123±3 mmHg, carótida; 113±3 mmHg, aorta abdominal). A variabilidade do IP nos domínios do tempo e frequência, bem como a entropia amostral, foram semelhantes entre os grupos, no entanto, o espectro da PA mostrou um aumento na potência das oscilações de baixa frequência nos animais com cateter na a. femoral (6,9±1,1 mmHg²) em relação aos demais grupos (3,2±0,5 e 2,9±0,5 mmHg²). A análise simbólica dos valores de PA mostrou aumento na incidência dos padrões de 1V (45±2 %) em comparação com os animais cateterizados na aorta (36±2 %). Os animais com cateter na a. femoral apresentaram menor sensibilidade do barorreflexo (0,9±0,06 ms/mmHg) do que aqueles cateterizados através da aorta abdominal (1,3±0,06 ms/mmHg). A análise espectral cruzada mostrou resultados semelhantes à técnica da sequência para avaliação do barorreflexo. Dessa forma, podemos sugerir que a cateterização oclusiva, tanto da a. femoral, como da carótida levam a um desbalanço autonômico com preponderância simpática e a uma disfunção o barorreflexo. Então, é importante considerar o potencial o potencial efeito oclusão arterial na interpretação de dados.