Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gustavo Henrique Pereira da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192773
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Resumo: |
O acelerado crescimento das cidades associado a um planejamento ineficiente ocasionou inúmeros problemas ambientais que recaem sobre a qualidade de vida da população. Nesse contexto de alterações das condições do ambiente natural, inúmeros estudos científicos foram suscitados, dentre eles, destacam-se os que se propuseram a estudar o clima das cidades. Diante disso, esta pesquisa baseou-se na proposta teórica e metodológica do Sistema Clima Urbano (S.C.U), com enfoque no subsistema termodinâmico e teve como objetivo central investigar os efeitos de áreas agrícolas urbanas na intensidade das ilhas de calor em Florianópolis - SC, no que se refere às condições de temperatura, um dos principais elementos climáticos responsáveis pelo conforto térmico. A ênfase dada à Florianópolis relaciona-se à presença de um marco legal que prevê a implantação e apoio à prática agrícola nos espaços intraurbano e periurbano. Os procedimentos metodológicos realizados, consistiram na busca por dados de temperatura a partir de técnicas de sensoriamento remoto e pontos fixos. Foram tratadas e analisadas as imagens do satélite Landsat-8, que mostraram diferenças nas características térmicas dos alvos, comparando-se áreas densamente construídas com áreas não construídas, apresentando intensidades de ilhas de calor de superfície de até 14ºC. As áreas com maior desenvolvimento vegetativo, com destaque para aquelas localizadas nos topos dos morros, apresentaram as menores temperaturas das cenas e as áreas de agricultura urbana e periurbana se apresentaram até 8ºC menos aquecidas do que as áreas densamente ocupadas. Este resultado revelou uma relação inversamente proporcional entre os valores de temperaturas superficiais e de NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada). Os 12 pontos fixos monitorados, distribuídos na malha urbana, possibilitaram a coleta da temperatura do ar no mês de fevereiro e março de 2019. Os pontos monitorados apresentaram variações térmicas nas diferentes horas do dia, associadas aos usos e ocupação da terra no entorno, à atuação dos diferentes sistemas atmosféricos, à incidência da radiação solar etc. A forma alongada da ilha de Santa Catarina na orientação Norte-Sul, propiciou em seus 54 km de extensão particularidades à atmosfera local, que foram observadas principalmente no período diurno (6h, 9h, 12h, 15h), em que os pontos localizados ao Sul da ilha (pontos 1, 2, 3 e 4), incluso os de agricultura urbana (pontos 1 e 2), com cobertura vegetal, se apresentaram mais aquecidos que os demais. No período noturno, principalmente sob condições atmosféricas estáveis, observou-se que os pontos urbanos, com destaque para aqueles localizados em áreas mais densamente ocupadas, registraram as maiores intensidades térmicas, com até 4ºC. Durante a noite, em muitos dias de análise, as áreas de agricultura urbana converteram-se em ilhas de frescor, o que releva a importância deste tipo de uso da terra na redução das temperaturas em ambiente urbano. |