As ilhas de calor urbanas em Jundiaí-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dorigon, Larissa Piffer [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191440
Resumo: Nesta pesquisa levantou-se a hipótese de que conhecer o campo térmico de Jundiaí e saber a forma e intensidade das ilhas de calor urbanas resulta em informações relevantes a serem inseridas nas ações de planejamento. Acredita-se ainda, que a utilização da metodologia das Zonas Climáticas Locais (LCZs) facilita a comparação dos resultados obtidos em Jundiaí com outras áreas urbanas, uma vez que esta proporciona a uniformização e padronização de terminologias referentes aos usos e ocupações da terra. Para tanto, o objetivo principal foi diagnosticar o campo térmico da cidade de Jundiaí/SP e elaborar uma análise síntese, apresentando as intensidades de ilhas de calor em relação às características de superfície. Para atingir os objetivos propostos as pesquisas de campo ocorreram através da instalação de 10 sensores fixos que registraram dados horários de temperatura entre abril e dezembro de 2017 e realizados 10 episódios de levantamento com medidas itinerantes em agosto e setembro do mesmo ano. Os dados fixos identificaram que a maior expressão das ilhas de calor esteve conectada com uma sequência de estabilidade atmosférica. As maiores intensidades das ilhas de calor foram registradas, predominantemente, nos meses com as menores precipitações totais (junho, julho, agosto e setembro), enquanto no ciclo diário, as maiores intensidades foram noturnas. Notou-se também que, predominantemente, as maiores intensidades estiveram relacionadas com LCZs características de áreas urbana, LCZ 3, LCZ 3B, LCZ 34 e LCZ 7, todas compactas e com pouca ou nenhuma presença de vegetação. Já as menores intensidades foram detectadas nas LCZ 9, relativa à área rural e LCZ 6, com construções espaçadas e vegetação arbórea e rasteira. Os dados obtidos com os transectos possibilitaram identificar e delimitar áreas em que ocorreram as ilhas de calor urbanas (ICU) e áreas consideradas como redutoras de temperatura (ART). As ICUs se apresentaram, majoritariamente, em áreas com alto grau de adensamento construtivo, ao passo que as ARTs estiveram conectadas à presença de vegetação, água e declividade de relevo. Por fim, através da modelagem espacial da ilha de calor urbana integrou-se as LCZs, o relevo, a vegetação e as temperaturas medidas, a fim de propor um mapa síntese para futuro planejamento. Este mapeamento reforçou o padrão diagnosticado nas análises dos painéis espaço-temporais e dos perfis de transectos (ICUs e ARTs) com maiores intensidades relacionadas com LCZs características de áreas urbana, LCZ 3, LCZ 3B, LCZ 34 e LCZ 7, enquanto que as menores foram detectadas em LCZs rurais ou com menor grau de edificação, como: LCZ 9, LCZ 6, LCZ B e LCZ D. Neste sentido, mesmo sendo uma abordagem descritivo-analítica das ilhas de calor urbanas, o modelo resultou em um documento síntese das temperaturas intraurbanas de Jundiaí, objetivo principal da tese, que poderá ser utilizado pelo poder público em políticas de gestão e planejamento e auxiliar no processo de expansão territorial urbana de Jundiaí.