Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ladeira, Thacio Azevedo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/260773
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Resumo: |
A presente pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) e inserida na linha de pesquisa Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem. O estudo tem como fundamento a concepção de inclusão para todos, indistintamente, direito amparado pelas legislações vigentes. Tem como base ainda, o par experiência-sentido, que impulsiona o entendimento de que cada um constrói as suas próprias experiências, de modo que os estudantes tem capacidade para criar significados para suas próprias experiências na escola. Trata de modo específico da avaliação da aprendizagem, que pode representar para o docente um desafio frente à escolarização do estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sobretudo no contexto de pós-ensino remoto, em que avaliar ganha a importância de reorganizar o ensino. No entanto, diante desse cenário, professores passaram a atribuir à avaliação a responsabilidade de medir os prejuízos decorrentes do ensino- remoto causado pela pandemia do COVID 19, compreensão equivocada que representa o problema dessa pesquisa. No sentido de investigar a questão, a pesquisa - de caráter qualitativo com entrevista semiestruturada - objetivou analisar se a avaliação realizada pelos professores na rede municipal de ensino de Campinas/SP é inclusiva em sua natureza. Para isso, foi preciso descrever sobre a abordagem da avaliação da aprendizagem a partir da perspectiva inclusiva; investigar o sistema de avaliação denominado "grupos de saberes" e examinar os critérios e técnicas empregados pelos professores da rede durante o processo avaliativo. A pesquisa justifica-se por assumir o desafio de integrar temas que geralmente não são abordados juntos, como avaliação da aprendizagem, educação especial na perspectiva inclusiva, autismo e ensino pós-remoto, preenchendo uma lacuna na discussão científica. Do ponto de vista político e social, justifica-se por comprometer-se a oferecer retorno da pesquisa às escolas pós-pandemia, o que poderá possibilitar aos professores repensarem suas práticas e promoverem um ambiente educacional mais inclusivo. Para a comunidade escolar, a pesquisa representa a oportunidade de avançar em paradigmas, trazendo novas perspectivas e análises para os temas em questão. Considerando, então, o contexto de investigação, a pesquisa revelou a importância da abordagem inclusiva nas práticas avaliativas, essenciais para criar um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo. Além disso, identificou diferentes estratégias criadas no período de ensino-remoto e que são utilizadas ainda hoje no contexto escolar. Indica ainda que: ao lidar com alunos ditos com autismo, alguns professores optam por desenvolver as mesmas atividades propostas para toda a turma, enquanto outros desenvolvem atividades adaptadas; a avaliação geralmente afeta o ritmo de trabalho do professor e motiva a busca por mais conhecimento, exceto quando surge a dificuldade de avaliar alunos considerados com autismo; a avaliação considerada ideal é aquela que valoriza o progresso dos alunos, coleta informações abrangentes e é significativa para todos os envolvidos; além disso, as dinâmicas internas da instituição escolar podem contribuir para o surgimento de dificuldades de aprendizagem e que a avaliação tem reconhecido a importância do contexto dos alunos. No sentido de acolhimento das singularidades, cabe ao professor ampliar sua dimensão técnica das ferramentas avaliativas com base em metas individuais, considerando que cada estudante tem um desempenho singular, eliminando comparações. A prática avaliativa pode incentivar competições e estabelecer hierarquias quando influenciada por padrões tradicionais que podem tanto ser mantidos pela escola quanto superados por ela. |