Caracterização da assembleia de caranguejos chama-maré (Brachyura: Ocypodidae: Gelasiminae), nas diferentes fitofisionomias do manguezal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Kriegler, Nicholas [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181487
Resumo: Os Gelasiminae, subfamília à qual pertencem os popularmente conhecidos caranguejos chama-marés, tem um importante papel como “engenheiros” do ecossistema manguezal, tendo sua distribuição espacial limitada por fatores ambientais. Neste contexto, torna-se essencial a condução de uma análise interdisciplinar sobre os habitats ocupados pelas espécies de caranguejos chama-marés, integrando dados ecológicos e do ecossistema que habitam, com dados espaciais oriundo de geotecnologias, como sensoriamento remoto e o SIG (Sistema de Informação Geográfica). O presente estudo caracteriza a distribuição espacial e a estrutura da assembleia dos caranguejos chama-marés (Brachyura: Ocypodidae: Gelasiminae), em três fitofisionomias de manguezal, e sua relação com os parâmetros ambientais. As fitofisionomias apresentaram distinção quanto à estrutura do bosque de manguezal, com árvores de maior altura e diâmetro na margem, evidenciando uma maior maturidade e estabilidade ambiental. Esses valores decaem em direção ao “apicum”, onde a vegetação é predominantemente arbustivo-herbácea. O sedimento foi mais argiloso na margem, onde a inundação pelas marés é maior, e mais arenoso na transição e “apicum”, onde a hidrodinâmica é mais baixa. Devido a essas características distintas, foram estabelecidos diferentes tamanhos do quadrado de amostragem para cada subárea, com diferentes números de réplicas: 20 réplicas do quadrado de 30x30cm na margem; 15 réplicas do quadrado de 50x50cm na transição; e 20 réplicas do quadrado de 30x30 no “apicum”. Na margem foram encontradas duas espécies do gênero Leptuca (L. uruguayensis e L. thayeri); na transição, além dessas espécies, foram encontradas também duas do gênero Minuca (M. vocator e M. rapax); e no “apicum”, por sua vez, estiveram presentes apenas M. rapax e L. uruguayensis. O tamanho médio dos caranguejos foi menor na margem, aumentando nas outras fitofisionomias. A distribuição das espécies foi agregada na margem e transição, porém uniforme no “apicum”, o que está associado, principalmente, à densidade da vegetação, além da ação conjunta de outros parâmetros ambientais.