Variabilidade em espécies irmãs de caranguejos-violinistas: uma abordagem genética, comportamental e ecológica

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Rodrigues, Renata de Oliveira
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: eng
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Minuca mordax; Minuca burgersi; comportamento animal; ecologia; filogenia; genetic population; ecology; waving display
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153626

M. burgersi e M. mordax são espécies-irmãs, isto é, espécies muito similares morfologicamente ou quase indistinguíveis, mas que possuem características biológicas específicas e não se intercruzam. Apesar de serem bastante próximas, as duas espécies apresentam diferentes graus de tolerância em manguezais. M. burgersi é frequentemente encontrada em áreas abertas de manguezais próximas a boca do estuário, onde existe uma maior influência da água marinha, enquanto M. mordax é frequentemente encontrada em areas com maior cobertura vegetal próximo à montante, onde a água doce possui maior influência. Resultados de análises genéticas obtidos em um projeto Capes/DAAD de cooperação internacional (PROBRAL #D/08/11624 – Programa de Cooperação entre Brasil e Alemanha) mostraram que populações de M. mordax da Costa Rica, Pará e São Paulo são geneticamente muito diferentes, enquanto as populações de M. mordax e M. burgersi encontradas no litoral de São Paulo são bastante semelhantes, tanto em aspectos genéticos quanto nos morfológicos. A partir desses resultados, os autores sugeriram um possível erro de identificação entre essas espécies, sendo as espécies de M. mordax do litoral de São Paulo prováveis morfotipos de M. burgersi. Com isso, o presente estudo, que integra um projeto sequência (PROBRAL #391/13), teve por objetivo avaliar os aspectos filogenéticos, comportamentais e ecológicos de Minuca burgersi e Minuca mordax. A tese foi dividida em três capítulos. O primeiro capítulo teve por objetivo apresentar a filogenia das espécies irmãs. O comportamento reprodutivo dos machos (aceno), que em muitas espécies é ultizado para identificação interespecífica, foi alvo do estudo no segundo capítulo. O terceiro e último capítulo abordou aspectos ecológicos das duas espécies, comparando a tolerância térmica das duas espécies, assim como observações em capo do comportamento de acordo com a temperatura.