Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Silas Candido Principe [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151743
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Resumo: |
A temperatura é uma das principais restrições ambientais à distribuição dos organismos, afetando a fisiologia e sobrevivência. Organismos que habitam a zona do entremarés estão constantemente expostos à variação da temperatura e, com as mudanças climáticas, esses organismos devem enfrentar condições diferentes, que incluem temperaturas mais elevadas, levando a maiores taxas de perda de água por evaporação e, consequentemente, redução do desempenho ou mortalidade. Neste estudo, testamos os efeitos da dessecação em duas espécies de caranguejos violinistas (Leptuca thayeri e Minuca rapax) que ocupam habitats distintos em relação à cobertura da vegetação e posição no entremarés e, portanto, podem responder de forma diferente ao estresse por dessecação e ao aumento da temperatura. Leptuca thayeri, que é restrita à zona intermediária do entremarés, é mais sensível à dessecação do que M. rapax, uma espécie generalista, com maiores taxas de dessecação e mortalidade quando expostas à dessecação por 120 minutos. Além disso, em comparação com M. rapax, L. thayeri possui uma carapaça mais permeável. Também avaliamos se o aumento de temperatura pode causar alterações fisiológicas na espécie mais restrita L. thayeri, tendo acesso a alimento e à água. Uma elevação de temperatura de 10 ° C e 20 ° C durante 72 h não causou mortalidade em L. thayeri nem mudanças na concentração de glicose e proteína na hemolinfa. No entanto, as temperaturas mais altas aumentaram os níveis de lactato desidrogenase, e houve alterações na osmolalidade da hemolinfa e grau de hidratação muscular na temperatura intermediária, sugerindo que a essa temperatura essa espécie tenha melhores capacidades osmoreguladoras. Nossos resultados mostram que espécies de diferentes habitats respondem de forma diferente à dessecação devido a adaptações morfológicas, e espécies de zonas de maré baixa e áreas sombreadas podem enfrentar os efeitos nocivos das mudanças climáticas de forma mais aguda. |