Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Janaina Senhorini dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150800
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Resumo: |
A paralisia cerebral (PC) engloba um conjunto de alterações de tônus, postura e movimentos que resulta em limitações funcionais em diferentes níveis, atribuídas a quadros não progressivos que ocorreram no desenvolvimento fetal ou no cérebro ainda imaturo da criança. Dentre as características deste quadro encontram-se também queixas de distúrbios de sono, com causas ainda não totalmente elucidadas e que possivelmente prejudicam o desempenho motor e cognitivo nesta população. Apesar da importância, ainda não está claro o quanto aspectos da comunicação e do desenvolvimento motor poderiam estar comprometidos pela presença de distúrbios de sono na PC. Dentre as possíveis causas para distúrbios de sono em diversos quadros patológicos está o déficit na produção do hormônio melatonina, fato que também ainda não foi investigado nessa população. O objetivo deste estudo foi caracterizar e correlacionar aspectos motores, de comunicação, os distúrbios de sono e o conteúdo de melatonina em indivíduos com PC. Para isso foram avaliados 33 indivíduos com PC, de 2 a 15 anos de idade, classificados pelos sistemas de classificação de função motora grossa (GMFCS), e de função de comunicação (CFCS) e por questionários de sono. O teor de melatonina foi analisado por kits comerciais ELISA. Os resultados indicaram que: 9% dos indivíduos com PC nível I; 18% nível II; 24,5% nível III; 15% nível IV e 33,5% nível V no GMFCS. 30,5% dos indivíduos com PC apresentaram nível I; 12% nível II, 12% nível III; 0% nível IV e 45,5% nível V em função de comunicação. Os distúrbios do sono foram encontrados em 78% das crianças com PC. O grupo PC apresentou menor conteúdo de melatonina noturna que os controles. As análises de correlação mostraram que quanto maior a deficiência motora, maior o comprometimento da comunicação e piores os distúrbios de sono. Além disso, quanto maior o índice da escala de distúrbio de sono pior o desempenho funcional motor em relação ao que era esperado para cada indivíduo. Todas as crianças do grupo PC que apresentaram distúrbios de sono apresentaram também déficits no conteúdo de melatonina. Os resultados permitem concluir que houve uma relação direta entre as características motoras e de comunicação, entre os baixos níveis de melatonina e os distúrbios de sono e entre os distúrbios de sono e as habilidades motoras na PC. |