Casa de microrrelatos: a caracterização do microrrelato em Casa de Geishas, de Ana María Shua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Danieli Munique Fontes da Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180932
Resumo: O presente trabalho pretende elaborar uma reflexão em torno de um conjunto de microrrelatos presente no livro Casa de Geishas da escritora argentina Ana María Shua. As cinquenta narrativas breves que fazem parte dessa reunião de microrrelatos expõem os segredos e as curiosidades de um inusitado prostíbulo do porto que abriga mulheres misteriosas especialistas em gerar os mais variados tipos de prazer. Essas narrativas permitem uma ponderação entre as suas personagens e as peculiaridades do próprio gênero em questão. Considerando essa premissa, o objetivo deste estudo é desenvolver uma reflexão sobre essas características representadas pelas gueixas de Shua para legitimar o microrrelato como um gênero literário independente de outros com os quais possui proximidade. As reflexões voltadas para a caracterização do microrrelato desenvolvidas por Lagmanovich (2006) e Andres-Suárez (2010) são utilizadas como embasamento teórico para este trabalho. Refletindo também sobre a relação entre leitor e texto literário, observa-se que o microrrelato, devido à elipse presente em sua composição, conta com a colaboração do leitor para a construção da trama narrativa, já que esta não se desenvolve inteiramente nas poucas linhas impressas no papel. Para versar sobre esse assunto, foi utilizado o trabalho de Eco (1986) que considera o processo de interação entre o leitor e obra literária. Valendo-se do uso de metáforas, ironia, humor, ambiguidade, entre outros recursos, Shua desenvolve a sua Casa de Geishas para torna-se Casa de Microrrelatos, ou ainda Livro de Microrrelatos.