[pt] PEQUENAS RESISTÊNCIAS DA NARRATIVA: A MICROFICCÇÃO EM TRÊS VOZES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: CARLA VICTORIA ALBORNOZ
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12216&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=12216&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.12216
Resumo: [pt] O relato brevíssimo é um espaço particular que vem experimentando um crescimento sustentado desde meados do século XX, especialmente na América Latina. Uma plétora de escritores e de antologias organizadas nesse formato invadiu o mercado editorial hispano-americano nos últimos anos. Trata-se da microficção, uma narrativa que cabe no espaço de uma página. Muitas das ferramentas narrativas dos pequenos relatos provêm do conto, do qual herda a capacidade de criar uma tensão, um ritmo que se traduz na sua pulsão interna, embora nelas também haja ressonâncias de outros gêneros. Na economia da linguagem da microficção esconde-se um olhar lúdico com forte presença do humor e da paródia no tratamento de certas temáticas. Situações do cotidiano, contos populares ou versões corriqueiras de clássicos da literatura misturam-se com ângulos inéditos da condição humana. Vozes aparentemente anônimas trazem de um lugar de não-tempo e de não-espaço histórias que provocam um despertar dos sentidos sobre aquilo que, em princípio, parece inexplicável. A perspectiva de análise a que nos propomos é a da recriação da tendência atual da praxis cultural de desintegração dos gêneros, examinando alguns de seus antecedentes, várias das características que constituem as microficções, como também a idéia de resistência que a atomização da narrativa em pequenos blocos (fragmentos) acarreta. A dissertação aborda a microficção como uma forma de escrita fragmentária e faz algumas leituras sobre a sua relação com a geometria de fractais a partir da obra de Ana María Shua, Luisa Valenzuela e Marina Colasanti.