Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Alves-Martin, Maria Fernanda [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151075
|
Resumo: |
A família Trypanosomatidae inclui protozoários flagelados com dois gêneros de importância médica e veterinária: Leishmania, causador das leishmanioses e Trypanosoma, responsáveis pelas tripanossomíases de relevância epidemiológica, ambos com o envolvimento de hospedeiros mamíferos e vetores em seu ciclo de vida. O gato doméstico passou a ser considerado um hospedeiro reservatório de Leishmanias, após comprovação por xenodiagnóstico, da transmissibilidade de formas promastigotas de Leishmania infantum para o vetor flebotomíneo. Devido a inespecificidade dos achados clínicos na Leishmaniose Felina (LF), à semelhança dos aspectos clínicos dessa enfermidade com outras comuns em gatos, e à provável resistência felina a infecção, é possível que, dentro de uma área endêmica para leishmaniose ocorra um percentual elevado de indivíduos infectados, mas sem apresentarem sinais clínicos, e a falta de diagnóstico precoce da LF nessas áreas pode implicar com que o animal continue a representar risco potencial de transmissão de leishmanias aos vetores. Assim sendo, pretendeu-se investigar possíveis associações entre sorologia positiva para L. infantum, com o parasitismo tecidual em sangue, órgãos e células conjuntivais de gatos de região endêmica para LV. Foram incluídos neste estudo 36 gatos adultos, cedidos pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Bauru - São Paulo, com 31 animais apresentando pelo menos um tipo de alteração clínica. A partir dos diagnósticos sorológicos, verificou-se a positividade em 26 animais, sendo que (66,7%) (24/36) foram reagentes à Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), (61,1%) (22/36) animais reagentes ao ELISA e 10 animais não foram reagentes (K=0,64). A observação de formas sugestivas de amastigotas se deu em 12 animais (33,3%), quatro animais (11,1%) e 12 animais (33,3%), a partir das técnicas parasitológicas de esfregaço sanguíneo, imprint de órgãos e histoquímica, respectivamente. O diagnóstico molecular foi realizado com a utilização dos primers ITS-1, ITS-2 e HSP70, cuja detecção molecular pela PCR de sangue se deu em 15 animais (41,6%), pela PCR de tecidos em oito animais (22,2%) e pela PCR de suabes em quatro animais (11,1%). A quantificação da carga parasitária pela qPCR de sangue se deu em nove animais (25%) e pela qPCR de tecidos em dois animais (5,5%). Após o sequenciamento genético, foram identificadas três amostras com Trypanosoma theileri, cinco com Leishmania donovani e uma amostra com Leishmania braziliensis. Dessa forma, verificamos que os gatos avaliados, sorologicamente negativos e positivos apresentaram sinais clínicos, presença do parasito em células e DNA parasitário em sangue e/ou tecidos, atuando como reservatórios de Leishmanias na região estudada. A detecção de tripanosomatídeos em amostras biológicas dos gatos do estudo sugere sua participação na manutenção do parasito no ambiente urbano. |