Estimativa de sequestro de carbono florestal para restauração ecológica devido às emissões de CO2 na instalação de uma central geradora hidrelétrica - CGH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Castro, Alcinéa Guimarães de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151057
Resumo: São inúmeros os serviços econômicos, sociais e ambientais atribuídos às florestas, sendo a fixação do carbono atmosférico o mais recente, pois contribui para a redução de gases do efeito estufa (GEE) e do aquecimento global, através do processo de fotossíntese na absorção do dióxido de carbono (CO2) pelas árvores. Buscando a redução dos GEE e a absorção do CO2, as centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) são consideradas, por muitos estudiosos, como uma forma mais limpa de obtenção de energia, ainda que existam algumas discussões sobre os impactos ambientais gerados pelas mesmas. Assim, este estudo visa propor a mitigação da emissão do CO2, por meio da restauração ecológica, devido à instalação de uma central geradora hidrelétrica, com base na análise do potencial dos remanescentes florestais como sumidouros de carbono. Desta forma, utilizou-se mapas georreferenciados com dados físicos ambientais (hidrologia, classe de solo, uso da terra, drenagem, área de preservação permanente e maciços florestais nativos) que possibilitaram delimitar os remanescentes florestais existentes na bacia hidrográfica do Rio do Chapéu, localizada no município de São Luís do Paraitinga, SP, Brasil. Paralelamente, levantou-se os dados dendrométricos (altura da árvore e diâmetro à altura do peito) de 658 indivíduos arbóreos, distribuídos em 119 espécies de um fragmento florestal de 10.000 m2, que foram aplicados em equações alométricas, resultando uma estimativa de 62,25 t C ha-1 fixados pelas árvores e uma emissão de 9.232,92 t CO2 ha-1 devido à área de floresta inundada (reservatório) com a implantação de uma CGH hipotética na bacia hidrográfica. Esses dados evidenciaram que os componentes arbóreos contribuem para a fixação do carbono e que há necessidade da compensação ambiental, por meio da restauração ecológica, em 323,8 hectares de áreas de preservação permanente localizadas na bacia hidrográfica de contribuição. Considerando que atualmente não existem modelos para se estimar as GEE antes da construção do reservatório e que no Brasil a maior parte da energia elétrica gerada advém de usinas hidrelétricas, esta pesquisa poderá contribuir com o processo de licenciamento ambiental e na tomada de decisão quanto à implantação de centrais hidrelétricas, obtendo parâmetros e formas seguras de compensação ambiental, aos efeitos negativos gerados pelas emissões de GEE, em especial o CO2.