Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Priscila da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234377
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Resumo: |
As famílias monoparentais são cada vez mais frequentes no cenário brasileiro e apresentam várias configurações. Podem ser constituídas por mães e filhos, avós e seus netos. As famílias de uma forma geral, podem recompostas de uma segunda união e cada um com seus filhos ou novos filhos. Dentre os vários formatos de família, é expressivo o aumento de famílias compostas pela mãe e filho/s, foco desta pesquisa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), em 2015 o número de mães solo alcançou o montante de 11,6 milhões no Brasil e por “mãe solo” entende-se a não participação do homem quanto à responsabilidade afetiva ou financeira com o filho. Apesar do número significativo de lares chefiados apenas por mães, a sociedade brasileira não está isenta de preconceitos em relação a elas. Nesta pesquisa, propôs-se estudar as dificuldades destas mulheres em relação aos seguintes quesitos: mãe – filho, mãe – emprego e mãe – relacionamento. O objetivo geral foi compreender como vivenciam a experiência de conduzirem uma família sozinhas; como relacionavam a experiência de serem mães solo com a atividade profissional e seus possíveis relacionamentos amorosos. Procurou-se também refletir sobre os motivos dos olhares negativos em relação a este tipo de família monoparental e transformações importantes a serem realizadas a este respeito. Tendo como produto final a confecção de um jogo de tabuleiro, no formato de trilha o qual é colocado algumas escolhas que mães solos devem realizar em sua rotina. A pesquisa foi realizada por meio da análise de leis e livros/artigos que discutem a história da família, da mulher, de sua emancipação e estigmas sofridos, bem como pelo exame de um questionário aplicado via Google Forms a 13 mulheres de nível superior e renda fixa, do interior do Estado de São Paulo. Considerou-se algumas situações vivenciadas por mães solo em suas várias configurações, como viuvez, abandono, separação ou pela opção em ser mãe solo. Esta investigação tem relevância pela discussão que propõe a respeito da ideia da sociedade de patologizar a família monoparental corrente no campo social, definida segundo um modelo idealizado de amor e de família e pelo destaque e análise dos principais vivências enfrentados pelo grupo pesquisado de mães solo na criação e educação de seus filhos, de sua conexão com a atividade profissional e à vida amorosa da mãe, devido na amostra pesquisada, de treze mulheres pesquisadas apenas duas relataram ter uma vida amorosa. O intento foi contribuir para ampliar as discussões e conhecimento de aspectos desta realidade e da importância em se rever conceitos e práticas sociais em relação a este tema no Brasil. |