Hemodinâmica no córtex pré-frontal durante o andar com manipulação do balanço dos braços de indivíduos com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Zampier, Vinicius Cavassano [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191688
Resumo: Além de apresentar déficits na movimentação dos membros inferiores, indivíduos com doença de Parkinson (PD) apresentam redução do balanço dos braços durante o andar, que estão relacionados com prejuízos na coordenação entre os membros durante o andar. Pacientes com DP e idosos neurotípicos são capazes de aumentar a amplitude e a frequência do balanço dos braços, a partir de instruções, e essa alteração no padrão de movimento dos braços ameniza os déficits no andar, causados pelo envelhecimento e pela DP. Estes resultados favorecem a especulação do envolvimento do córtex pré-frontal quando o foco de atenção é dirigido para o comportamento dos membros superiores. Desta forma, os objetivos do presente estudo foram investigar a atividade cortical pré-frontal durante a realização do andar quando indivíduos com DP e idosos neurotípicos são instruídos a aumentar a amplitude e a frequência do balanço dos braços e verificar se essa manipulação do movimento dos membros superiores promove melhoras na coordenação entre os membros. Quinze idosos com DP e 13 idosos neurotípicos - grupo controle (GC) foram convidados. Para rastreio do quadro clínico (apenas para os pacientes), cognitivo e medicamentoso, a Unified Parkinson's Disease Rating Scale, o Mini-Exame do Estado Mental e uma anamnese foram empregados. Na sequência, os participantes foram instruídos a percorrer um circuito de 26,8 m de comprimento, em três condições experimentais, cinco tentativas para cada condição: andar em velocidade preferida (VP), andar com aumento da amplitude de movimento dos membros superiores (AB) e andar com aumento da frequência de movimento dos membros superiores (FB). Para o registro das variáveis relacionadas ao andar, foi utilizado um carpete com sensores de pressão. Para verificar a coordenação entre os membros, acelerômetros foram posicionados nos punhos, nos tornozelos e sobre a 5ª vertebra lombar, para registrar a aceleração dos segmentos corporais durante o andar. Os dados da atividade do córtex pré-frontal foram registrados por meio da técnica de espectroscopia funcional por infravermelho próximo, que registra a atividade hemodinâmica cerebral pelo software Oxysofttm®. Para a comparação entre os grupos (DP x GC) e as condições (VP x AB x FB), a ANOVA two-way com medidas repetidas para o fator condição foi utilizada, com o post hoc de Bonferroni caso houvesse interação entre os fatores. Os resultados mostraram que idosos com DP e neurotípicos apresentam padrões de coordenação e do andar diferentes e são capazes de modular, através da instrução com foco no movimento dos membros superiores, seus padrões de coordenação entre os membros, sem necessidade de envolver o córtex pré-frontal para manter o desempenho da tarefa. Considerando estes resultados, conclui-se que idosos com DP e idosos neurotípicos não necessitam recrutar recursos cognitivos para aumentar a amplitude ou a frequência de movimento dos braços e para manter o padrão de coordenação entre os membros superiores e inferiores durante o andar.